Margareth Menezes: Cultura é vetor de desenvolvimento econômico e social — Rádio Senado
Comissões

Margareth Menezes: Cultura é vetor de desenvolvimento econômico e social

Em audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), a ministra Margareth Menezes afirmou que a cultura brasileira pode gerar desenvolvimento econômico e social. No ano passado o setor movimentou R$ 232 bilhões e gerou 7,5 milhões de empregos. Ao elogiar a retomada da cultura na escola, o presidente da CE, senador Flávio Arns (PSB-PR) disse que a comissão vai trabalhar articulada ao Ministério da Cultura.

09/05/2023, 17h00 - ATUALIZADO EM 09/05/2023, 17h01
Duração de áudio: 03:06
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A MINISTRA MARGARETH MENEZES DEFENDEU MELHOR APROVEITAMENTO DA CULTURA BRASILEIRA COMO VETOR DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. ELA APRESENTOU AS AÇÕES DO MINISTÉRIO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Ao expor na Comissão de Educação, Cultura e Esporte as ações de reorganização do Ministério da Cultura, a ministra Margareth Menezes afirmou que a cultura brasileira pode ser instrumento de desenvolvimento econômico e social. Ela destacou que o setor cultural e a economia criativa movimentaram, no ano passado, R$ 232 bilhões e geraram 7,5 milhões de empregos. Margareth Menezes disse que, mesmo sem o incentivo adequado, a cultura em 2020 representou 3,11% do Produto Interno Bruto brasileiro, quando o percentual da construção civil, por exemplo, foi de 3,6%. Ao defender que a cultura seja uma política de Estado para que não seja desmontada por governos, a ministra citou, entre as ações da Pasta, a descentralização do repasse de recursos para que chegue aos municípios; a retomada das relações internacionais para participação do Brasil em festivais no exterior; a liberação de cerca de R$ 1 bilhão para projetos já aprovados, cujo dinheiro estava parado; o fortalecimento de bibliotecas e o incentivo à leitura; cursos de pós-graduação em cultura; o impulso às pequenas salas de cinema e o investimento no empreendedorismo. Margareth Menezes ainda ressaltou que a lei Paulo Gustavo vai repassar recursos ao setor cultural - em agosto serão liberados R$ 3,8 bilhões aos projetos aprovados. "Cada ação dessa é uma potência que o Brasil tem. Porque cultura e educação é uma alavanca de emancipação de um povo, uma ferramenta de transformação maravilhosa, e que o brasileiro ama, que é a sua arte, a sua cultura e a sua memória. O legado que nós queremos deixar é de, pelo menos, que a população brasileira venha a entender que a cultura é um direito e é também um vetor de emancipação social, transformação de vidas, uma potência que ainda não estamos conseguindo tirar o proveito adequado.” A retomada da cultura na escola, também destacada pela ministra Margareth, foi elogiada pelo presidente da Comissão de Educação, senador Flávio Arns, do PSB paranaense. "Para transformar, para tornar a escola agradável, prazerosa, com novas perspectivas. Nós queremos estar muito articulados a favor da cultura em nosso país para construirmos caminhos viáveis e bons para toda a sociedade." Respondendo a questionamento da senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, sobre incentivo à música gospel, a ministra Margareth Menezes afirmou que todas as manifestações artísticas são contempladas, diferentemente de notícias falsas divulgadas. A ministra ressaltou ainda que o Brasil, como país laico e diverso, deve ter ações de apoio a todas as manifestações culturais religiosas. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

Ao vivo
00:0000:00