Oposição espera que Pacheco defina a regra para a indicação dos integrantes da CPI
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, deverá responder nesta quinta-feira (04) à questão de ordem sobre as indicações para a CPMI dos Atos Antidemocráticos. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), reivindica uma vaga a mais alegando que a Rede Sustentabilidade mudou de bloco partidário fora do prazo a ser considerado para a distribuição de cargos nas comissões. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), declarou que independentemente da resposta de Pacheco, os aliados terão a maioria na CPMI dos Atos Antidemocráticos. Após essa decisão, caberá aos líderes partidários indicarem os 16 deputados, 16 senadores e igual número de suplentes.
Transcrição
PRESIDENTE DO SENADO DEVE RESPONDER AO QUESTIONAMENTO DA OPOSIÇÃO SOBRE AS VAGAS NA CPMI DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS.
OS LÍDERES PARTIDÁRIOS AINDA DEVERÃO INDICAR OS TITULARES E SUPLENTES PARA A INSTALAÇÃO DA COMISSÃO. EPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, deverá se manifestar até esta quinta-feira sobre um questionamento da oposição quanto ao rateio das vagas da CPMI dos Atos Antidemocráticos. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito contará com a participação de 16 deputados, 16 senadores e igual número de suplentes. Todas as cadeiras serão distribuídas de acordo com o tamanho dos blocos partidários. No ato da leitura do requerimento de criação da CPMI, o líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, argumentou que o Bloco Parlamentar Vanguarda, formado pelo PL e Novo, tem direito a 3 assentos e não a dois. Ele sustenta que a mudança do partido Rede não pode ser considerada por ter ocorrido fora do prazo.
Estamos aguardando justamente que o presidente nos responda à questão de ordem e defina qual é o número de parlamentares que cada bloco vai ter direito. Acredito que isso vai acontecer na reunião de líderes e a partir daí a gente pode se posicionar.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, afirmou que independentemente da decisão do presidente do Congresso Nacional a base aliada contará com a maioria na CPMI. Ele calcula que serão 20 governistas contra 12 oposicionistas na comissão. Jaques Wagner voltou a declarar que o Palácio do Planalto não teme as investigações.
Me preocupa votar matéria que interessa ao governo. Quem tem medo da CPMI é quem foi agressor, quem produziu aquele inferno que foi Brasília no dia 8 de janeiro, quem financiou, quem participou, quem induziu, quem enganou e colocou uma porção gente aqui para virar uma turba.
Resolvido o questionamento da oposição, caberá aos líderes partidários indicarem os 64 integrantes entre titulares e suplentes para que a CPMI dos Atos Antidemocráticos seja instalada. Da Rádio Senado, Hérica Christian.
