CAS aprova campanhas antidrogas nas escolas públicas — Rádio Senado
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CAS aprova campanhas antidrogas nas escolas públicas

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou o projeto do ex-senador Guaracy Silveira que obriga a instalação de painéis de campanhas antidrogas nas entradas e saídas das escolas públicas (PL 2807/2022). O relatório da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi lido pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN). O presidente da CAS, senador Humberto Costa (PT-PE), defendeu a inclusão das escolas privadas na campanha. Segundo ele, essa e outras sugestões deverão ser feitas na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), para onde seguirá a proposta.

03/05/2023, 13h41 - ATUALIZADO EM 03/05/2023, 13h41
Duração de áudio: 02:57
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Transcrição
AS ESCOLAS PÚBLICAS SERÃO OBRIGADAS A AFIXAR PAINÉIS NAS ENTRADAS E SAÍDAS COM INFORMAÇÕES ANTIDROGAS. APROVADO PELA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, O PROJETO SEGUIU PARA A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais, o projeto prevê que as escolas públicas façam campanhas antidrogas por meio de painéis afixados nas entradas e saídas do prédio. Pela proposta do ex-senador Guaracy Silveira, os painéis com no mínimo seis metros quadrados poderão ser pintados nos muros da escola ou divulgados em outdoors na parte externa. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2021 revela um aumento de 22% no número de usuários de drogas no período de 2010 a 2019. Outra preocupação do autor é que os jovens iniciam o uso drogas, lícitas ou ilícitas, cada vez mais cedo. O senador Styvenson Valentim, do Podemos potiguar, citou como exemplo, pesquisa do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que aponta que em 2021 cerca de 63% dos alunos entre 13 e 17 anos já ingeriram bebida alcoólica. Por isso, ele defendeu que as campanhas nas escolas devem incluir as drogas lícitas, como cigarros, bebidas alcóolicas e medicamentos. “Ainda mais com drogas cada vez mais perigosas e parecem inofensivas. O ciclo é esse: para ficar em pé eu tenho que tomar remédio; para dormir eu tenho que tomar remédio. Então, é um perigo. É uma proteção dos nossos jovens. Eu acho que a maior forma de combater a droga é justamente nas escolas. É evitando que as crianças entrem para este mundo, que não tem volta.” Ao ler o relatório da senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, a senadora e médica Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, destacou que o consumo de drogas por crianças e adolescentes é um problema de saúde pública. “Campanhas antidrogas são importantes para ajudar os jovens a compreenderem os efeitos negativos das drogas em suas vidas, bem como os potenciais danos à saúde física e mental.” Já o presidente da Comissão de Assuntos Sociais, senador Humberto Costa, do PT pernambucano, defende aprimoramentos no projeto, como a previsão de campanhas com base científica e a inclusão das escolas privadas. Tratamos de uma maneira discriminatória. Muitas vezes, este problema é tão grave na escola privada quanto na escola pública. Segunda coisa: qual vai ser o tipo de campanha que vai ser feita? É preciso que seja uma campanha que tenha base científica, que tenha uma concepção nacional. Imagine se cada prefeito for colocar nesta campanha a sua visão sobre política sobre drogas, cada governador tiver a sua, vai ser um verdadeiro caos.” Estes pontos devem ser discutidos na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, para onde segue o projeto. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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