Ministro da Educação: Prioridade é a alfabetização até o 2º ano — Rádio Senado
Educação

Ministro da Educação: Prioridade é a alfabetização até o 2º ano

Em audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a alfabetização de crianças até o 2º ano é a prioridade do governo. Ele destacou ainda a necessidade de suspensão dos prazos do cronograma nacional de implementação do Novo Ensino Médio para não prejudicar os estudantes. A iniciativa (REQ 8/2023 - CE e REQ 30/2023 - CE) de convidar o ministro foi do presidente da CE, senador Flávio Arns (PSB-PR), e do senador Esperidião Amin (PP-SC).

02/05/2023, 15h49 - ATUALIZADO EM 02/05/2023, 15h50
Duração de áudio: 02:57
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
O MINISTRO DA EDUCAÇÃO, CAMILO SANTANA, DISSE QUE A ALFABETIZAÇÃO ATÉ O SEGUNDO ANO É A PRIORIDADE DO GOVERNO. AO FALAR NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, ELE TAMBÉM DESTACOU QUE A SUSPENSÃO DO CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO É NECESSÁRIA PARA NÃO PREJUDICAR OS ALUNOS.  REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Em audiência na Comissão de Educação, o ministro Camilo Santana, destacou que, fundamentadas nas premissas de foco, diálogo e união entre os governos federal, estaduais e municipais, a prioridade do governo será com a alfabetização das crianças até o segundo ano. Também será dada atenção aos alunos até o quinto ano, pois segundo o ministro, a alfabetização precária afeta o aprendizado posterior. “Porque há distorções enormes, tanto entre municípios, como entre estados, como entre regiões. Portanto, a ideia é transformar isso numa grande política onde os 27 governadores deste país possam assinar um pacto em relação a gente garantir a redução desta distorção do aprendizado das nossas crianças. Nós consideramos que esta é uma das mais importantes políticas que esse governo irá implementar.” Para o senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, o país precisa de uma política permanente para a Educação.  O que me assusta, fico indignado até, é falta de política de Estado. É difícil, cada governo que entra faz questão, parece, de acabar o que tinha nos governos anteriores. Então, esta falta de política pública de Estado é que me preocupa. Porque educação, se fizermos uma pesquisa aqui, 100% são favoráveis à priorização da educação, mas na prática não é o que a gente vê nesses últimos anos.” Camilo Santana explicou ainda que foi necessário suspender os prazos do cronograma nacional de implementação do Novo Ensino Médio para melhor discussão e avaliação e evitar que os estudantes fossem prejudicados.  “Há problemas que precisam ser discutidos no ensino médio, os seus itinerários, a sua carga horária na Base Comum, a falta de formação, a sua infraestrutura, de diálogo com os estados brasileiros. Portanto, há uma necessidade e é isto que nós temos feito no MEC, abrir uma ampla consulta e um amplo debate para sabermos quais as correções e quais as decisões que nós precisamos tomar." Ao lembrar que a Comissão de Educação criou uma subcomissão para tratar especificamente do ensino médio, o presidente do colegiado, senador Flávio Arns, do PSB paranaense, defendeu diálogo constante com o MEC.  “Esta é a primeira oportunidade que nós temos de escutar o ministro. Então, o contato da Comissão de Educação com o MEC tem que ser permanente, diário, discutindo, construindo caminhos, colaborando nas soluções. Porque nós queremos que a educação no Brasil seja de muita qualidade e seja considerada prioridade absoluta em nosso país”. O ministro Camilo Santana também defendeu o programa Mais Médicos para levar profissionais especialmente para a região Norte; a educação em tempo integral e a conclusão de obras inacabadas. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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