Governo deverá ter a maioria na CPMI dos Atos Antidemocráticos — Rádio Senado
CPMI dos Atos Antidemocráticos

Governo deverá ter a maioria na CPMI dos Atos Antidemocráticos

Os líderes dos blocos partidários deverão indicar os deputados e senadores que vão integrar a CPMI dos Atos Antidemocráticos para a sua devida instalação. O governo deverá ter a maioria da composição, entre 20 e 24 dos 32 parlamentares. Por isso, deverá ficar com a presidência e relatoria. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), considera que uma das vagas deveria ser da minoria, que teve a iniciativa. Já o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destacou que o golpe foi arquitetado ao longo dos últimos quatro anos.

28/04/2023, 14h03 - ATUALIZADO EM 28/04/2023, 14h05
Duração de áudio: 02:45
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
O GOVERNO DEVERÁ TER A MAIORIA NA CPMI DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS. POR ISSO, DEVERÁ FICAR COM A PRESIDÊNCIA E RELATORIA. LÍDERES DOS BLOCOS PARTIDÁRIOS AINDA VÃO INDICAR OS INTEGRANTES PARA A COMISSÃO SER INSTALADA.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Já lido em sessão do Congresso Nacional o requerimento de criação da CPMI dos Atos Antidemocráticos, agora depende dos líderes partidários a indicação dos 16 deputados, 16 senadores e igual número de suplentes para a instalação do colegiado que vai investigar os ataques ocorridos no dia 8 de janeiro contra a sede dos Três Poderes em Brasília. Pelo critério do tamanho dos blocos, a base aliada deverá ter a maioria de integrantes na Câmara e no Senado com 20 ou 24 dos 32. Com esse efetivo, se articula para indicar o presidente, que poderá ser um deputado, e o relator, que poderá ser um senador. Mas os aliados de Bolsonaro reivindicam um dos cargos sob o argumento de que a iniciativa da CPMI é da minoria, no caso do deputado André Fernandes, do PL do Ceará. O líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, lembrou que o próprio governo tentou impedir as investigações pelo Parlamento, por isso, defende uma equiparação de forças na CPMI. Eu acho que o governo certamente tem muito que esconder. Passou aí quase três meses trabalhando muito para que não ocorresse a CPMI. Passou a trabalhar pela CPMI quando as imagens foram vazadas. E as declarações são muito ruins para a democracia de querer controlar, indicando o presidente e relator, quando a tradição da Casa é que haja uma alternância até para que haja equilíbrio isenção nas investigações. O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, confirmou que a presidência e relatoria deverão ser ocupadas por aliados. E declarou que a tentativa do que chamou de golpe foi preparada ao longo de todo o mandato do ex-presidente Bolsonaro com destaque a recusa dele de reconhecer o resultado das urnas e outras ações após outubro do ano passado. Fatos combinados: a ocupação de estradas ilegalmente, a ocupação de portas de quarteis em Brasília, os atos terroristas do dia 12 de dezembro na diplomação do presidente da República, a tentativa de lançar bomba no Aeroporto Internacional de Brasília. Tudo isso culminou no 8 de janeiro. Nós vamos acompanhar as investigações e vamos chegar a todos, sejam mentores, sejam financiadores. No ato da instalação da CPMI, os deputados e senadores vão eleger o presidente, que vai indicar o relator. Os trabalhos da comissão vão durar 180 dias. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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