Ministro de Portos e Aeroportos diz que desafio é incluir mais gente no transporte aéreo — Rádio Senado
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Ministro de Portos e Aeroportos diz que desafio é incluir mais gente no transporte aéreo

Em reunião conjunta das comissões de Serviços de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), Márcio França explicou o programa acertado a partir de iniciativa de empresas aéreas para oferecer voos mais baratos em período de baixa estação para pessoas que não voam há pelo menos um ano. O ministro também falou dos investimentos na infraestrutura portuária e da importância das hidrovias.

19/04/2023, 20h17 - ATUALIZADO EM 19/04/2023, 20h18
Duração de áudio: 03:38
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
SENADORES OUVEM E QUESTIONAM MINISTRO DOS PORTOS E AEROPORTOS SOBRE AÇÕES DO GOVERNO NO SETOR. PROGRAMA SOBRE PASSAGENS AÉREAS MAIS BARATAS PARA QUEM NÃO VOA HÁ PELO MENOS UM ANO PODE SER LANÇADO EM AGOSTO. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. As comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional ouviram o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que apresentou um panorama do setor e as perspectivas de atuação do governo federal. O evento aconteceu a pedido dos presidentes dos dois colegiados, senadores Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, e Marcelo Castro, do MDB do Piauí. O ministro falou sobre ações prioritárias no setor aeroportuário e a iniciativa das principais empresas aéreas do país: Latam, Gol e Azul. França - O presidente Lula quer mais gente voando, portanto passagens mais baratas, e mais infraestrutura nos aeroportos regionais. Com a chegada de empresas low cost nós teremos então a disputa sadia de empresas que fazem voos mais baratos e em condições mais simples. No mundo todo existe isso e eles viajam com 91% de passageiros na média e 100% na temporada. Nós chegamos a esse ano passado a cem milhões de passagens vendidas, mas tem um problema: só dez por cento dos CPFs é que voam. O nosso desafio é fazer com que esses outros 90% tenham chance de voar. Segundo Márcio França, o programa Voa Brasil, que ainda não teve esse nome aprovado pelo governo federal, surgiu a partir da demanda das empresas aéreas ao ministério para redução do valor do combustível de aviação, que se transformou em uma estratégia conjunta para ocupar cerca de 20% dos voos ociosos na baixa temporada por pessoas que não costumam viajar. A medida tem previsão para ser iniciada em agosto. França - Eles têm ociosidade depois do carnaval, metade de fevereiro, março, abril, maio e um pedaço de junho no começo. Depois em agosto, setembro, outubro e novembro. Então eles sugeriram um programa de até 200 reais o assento pra qualquer trecho para aqueles 90% que não voam. Eles não têm esse dado. Quem tem somos nós, o CPF. Eles nos pedem que no aplicativo deles mesmos, sem nenhum subsídio, eles implantem os voos que vão ser a 200 reais e nós vamos dizer: essa pessoa não voou há um ano então pode comprar. Quatro passagens por ano. Dá 800 reais, doze prestações de 72 reais. Isso permitiu às pessoas voltarem a sonhar. Ao responder o senador Jorge Kajuru, do PSB de Goiás, sobre providências para evitar casos como o da troca de etiquetas de bagagens de passageiras goianas, o ministro explicou a responsabilidade do poder público diante de situações ocorridas em aeroportos privados, sob a gestão de concessionárias, e as iniciativas que estão sendo tomadas pelo governo. França - O cidadão comum não quer saber como que o governo fez com o aeroporto. Ele pagou a taxa. E dali pra frente continua a responsabilidade do governo de entregar os serviços corretamente. Nós temos é que ter algum tipo de fiscalização que multe, que possa punir e minimizar a chance de acontecer de novo. Eu liguei para o ministro Flávio Dino e sugeri a ele – e ele concordou – e nós vamos conversar com todos os aeroportos que têm voos para o exterior pra que cada vez que a pessoa for embarcar uma mala aquilo seja fotografado e remetido para o celular da própria pessoa que tá embarcando ao mesmo tempo. Márcio França enumerou ainda os principais desafios para aumentar a competitividade brasileira a partir da infraestrutura portuária e ressaltou as vantagens do investimento nas hidrovias, que têm custo de operação 50% menor em comparação a rodovias para transportes de carga. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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