Sessão do Congresso para a leitura de CPMI dos atos antidemocráticos será dia 26, confirma Pacheco — Rádio Senado
Plenário

Sessão do Congresso para a leitura de CPMI dos atos antidemocráticos será dia 26, confirma Pacheco

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, confirmou para o dia 26 a sessão conjunta, que estava prevista para esta terça-feira (18). Ele atendeu a um pedido de lideranças do governo para que seja incluído na pauta um crédito extraordinário para o pagamento do piso salarial da enfermagem. Segundo Pacheco, além dos vetos e de projetos de liberação de recursos, também será lido o requerimento de criação da CPMI dos Atos Antidemocráticos. O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), acusou o Palácio do Planalto de usar esse tempo para a retirada de assinaturas do pedido. Argumento rebatido pelo líder do governo do Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que declarou que as investigações em andamento pelo Poder Judiciário vão apontar os responsáveis pela tentativa de golpe assim como os seus financiadores.

18/04/2023, 19h00 - ATUALIZADO EM 18/04/2023, 19h01
Duração de áudio: 03:00
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
PEDIDO DE CRIAÇÃO DA CPMI DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS SERÁ LIDO NA PRÓXIMA SESSÃO DO CONGRESSO NACIONAL. OPOSIÇÃO DIZ QUE PALÁCIO DO PLANALTO TEME INVESTIGAÇÃO. ALIADOS DE LULA NEGAM ARTICULAÇÃO PARA IMPEDIR OS TRABALHOS DA COMISSÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Após reunião com os líderes partidários, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, decidiu adiar para o próximo dia 26 a sessão conjunta do Senado e da Câmara destinada à apreciação de vetos, liberação de recursos e para a leitura do requerimento da CPMI dos Atos Antidemocráticos. Ele explicou que as lideranças do governo solicitaram a mudança da data, prevista para essa terça-feira, para incluir a votação do crédito que vai ajudar a bancar o piso salarial da enfermagem. Aquilo que aconteceria ou deveria ter acontecido hoje acontecerá na próxima semana sem problema algum. O direito da minoria de se ter uma Comissão Parlamentar de Inquérito será garantido. O direito a maioria de fazer presente numa sessão do Congresso e de se comprometer com o quórum também será garantido. De nada adiantaria fazermos uma sessão hoje sem a presença maciça da maioria da Câmara e do Senado, seria uma sessão muito improdutiva. Então, não há nada anormal nisso, não há nada atípico, tampouco alguma coisa relacionada à oposição ou à situação para beneficiar ou prejudicar alguém. O líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, acusou o governo de adiar a sessão do Congresso para tentar retirar assinaturas do pedido da CPMI. Esse adiamento é claramente uma manobra do governo que pretende aproveitar esse período de tempo para tentar cooptar senadores e deputados para que retirem as suas assinaturas demonstrando um medo que para nós parece inexplicável. A Câmara e o Senado da República foram depredados, foram atingidos nesse processo. É necessário que juntamente com o STF e com o Palácio do Planalto, nós tenhamos respostas sobre as ações e omissões que porventura tenham ocorrido. Mas o líder do governo Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, negou qualquer tentativa de impedir a CPMI ao afirmar que as investigações vão chegar aos financiadores dos ataques. Eu não vejo nenhum motivo para o governo ter medo dessa CPMI até porque nós, a democracia, o governo, os Poderes fomos vítimas da agressão. Essa CPI vai investigar os financiadores, aqueles que realizaram a barbárie e eventualmente todos aqueles que participaram. A CPMI ou a CPI elas foram perdendo força porque os órgãos de Estado que têm obrigação de fazer investigação não ficaram omissas. Ao contrário, a investigação está sendo feita. O pedido da CPMI dos Atos Antidemocráticos tem o apoio de 193 deputados e 37 senadores, número superior ao mínimo necessário de 171 assinaturas na Câmra e 27 no Senado. Da Rádio Senado, Hérica Christian

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