Relator de MP diz que vai mudar as atribuições de ministérios — Rádio Senado
Medida Provisória

Relator de MP diz que vai mudar as atribuições de ministérios

Em audiência na comissão mista da medida provisória da estruturação do governo, técnicos da equipe econômica reafirmaram que não houve aumento de gastos com os 37 ministérios porque alguns tiveram os nomes alterados e outros foram desmembrados. O vice-líder do PT, senador Humberto Costa (PE), declarou que o presidente Lula determinou que a nova Esplanada atendesse às diretrizes do governo sem onerar o contribuinte. Já o relator da MP 1154/2023, deputado Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL), antecipou que vai manter os 37 ministérios, mas vai alterar atribuições. Ele citou que deverá devolver para o Ministério da Justiça a responsabilidade da demarcação de terras, hoje no Ministério dos Povos Indígenas.

13/04/2023, 18h04 - ATUALIZADO EM 14/04/2023, 08h35
Duração de áudio: 02:42
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
RELATOR DA MEDIDA PROVISÓRIA DA NOVA ESTRUTURA DO GOVERNO ADMITIU MUDANÇAS NAS ATRIBUIÇÕES DOS MINISTÉRIOS. ALIADOS RESSALTARAM QUE A CRIAÇÃO DE NOVAS PASTAS NÃO SIGNIFICOU AUMENTO DE DESPESAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN A Medida Provisória 1154 de 2023 estabeleceu a estrutura do governo do presidente Lula. No total, são 37 ministérios contra 23 da administração anterior. Na primeira audiência da comissão mista da MP, técnicos do governo destacaram que o novo desenho da Esplanada dos Ministérios não representou aumento de gastos ao citarem que 13 pastas já existiam, 19 foram criadas a partir de desdobramentos, a exemplo dos Ministérios do Planejamento, Trabalho e Previdência. Outras duas foram renomeadas e três efetivamente criadas, como o dos Povos Indígenas. O vice-líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, reforçou que a nova configuração de fato não onera os contribuintes. Essa foi a principal preocupação, a diretriz maior quando o presidente concordou em criar alguns Ministérios, muito poucos, e em transformar a estrutura pré-existente com o desmembramento, com fusão de entidades do governo. Eu acho que esse ponto é um ponto extremamente relevante que eu acho que responde as tentativas de críticas que a oposição tem feito à nova estruturação do governo. Cento e cinquenta e quatro emendas foram apresentadas. Entre as sugestões de mudanças mais recorrentes estão as que tratam da realocação de alguns órgãos, como a Conab. O relator, deputado Isnaldo Bulhões Jr, do MDB de Alagoas, antecipou que vai manter a estrutura dos 37 ministérios, mas com algumas adequações ao citar que a demarcação de terras indígenas poderá sair do Ministério dos Povos Indígenas e retornar para o Ministério da Justiça. O que há são negociações de competências, de vinculação de órgãos a Ministério A, B e C, que é possível negociar, é possível rever. É possível ter um processo de convencimento alguns possam retornar a um modelo anterior, não do governo Bolsonaro, mas também do governo Dilma, do governo Lula lá atrás. Mas o objetivo principal, a espinha dorsal, o número de Ministérios, as pastas criadas, isso aí está fora de qualquer discussão. Na terça-feira, será realizada a segunda audiência pública com representantes da sociedade civil. O relatório deverá ser votado pela comissão mista no dia 25 para ser então apreciado pelos Plenários da Câmara e do Senado. Da Rádio Senado, Hérica Christian

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