Pacheco vai reunir líderes para decidir volta de comissões mistas das MPs
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vai decidir com os líderes partidários questão de ordem levantada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a volta das comissões mistas das medidas provisórias. Na avaliação ele, já perdeu validade Ato Conjunto das Mesas de 2020 que suspendeu o funcionamento das comissões mistas em decorrência da pandemia. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, não assinou o novo documento publicado no início de fevereiro.
Transcrição
PRESIDENTE DO SENADO VAI DECIDIR COM OS LÍDERES PARTIDÁRIOS VOLTA DAS COMISSÕES MISTAS DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS.
SENADOR RENAN CALHEIROS, DO MDB DE ALAGOAS, ARGUMENTA QUE COM O FIM DA PANDEMIA PERDEU VALIDADE O ATO CONJUNTO DO SENADO E CÂMARA QUE PERMITIA VOTAÇÃO DAS MPS DIRETAMENTE NO PLENÁRIO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
Um grupo de senadores apresentou uma questão de ordem para que o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, não aguarde mais a assinatura do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para a retomada do funcionamento das comissões mistas das medidas provisórias. No início de fevereiro, a Mesa do Senado revogou um ato publicado em 2020 que permitia a votação das MPs diretamente nos Plenários da Câmara e do Senado em razão da pandemia. A Constituição determina que a medida provisória deve ser analisada primeiramente pela comissão mista, composta por 12 deputados e 12 senadores, e enviada para a Câmara e depois para o Senado com prazos definidos. O senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, argumentou que o ato que suspendeu o funcionamento das comissões mistas perdeu o seu efeito porque estava condicionado à pandemia, que não existe mais.
Assim, deve ser entendida como encerrada vigência do Ato Conjunto das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal nº 1 de 31 de março de 2020 e restabelecido imediatamente o estado jurídico anterior, dispensando-se a edição de novo ato sobre o tema.
Apesar de afirmar que de fato o Ato da Mesa da pandemia já não tem validade, Rodrigo Pacheco preferiu discutir com os líderes partidários a questão de ordem. Ele ressaltou a urgência de uma decisão para evitar a perda de validade das doze MPs já editadas pelo presidente Lula.
Até aqui, a posição da Câmara dos Deputados foi a de não aderir à revogação desse ato da Comissão Diretora. Estamos diante de uma perplexidade e de um perigo nessa demora que é o curso do prazo das Medidas Provisórias editadas pelo atual governo desde 1º de Janeiro para cá. Estamos premidos pelo prazo e tempo de apreciação das medidas provisórias.
Rodrigo Pacheco lembrou que as 13 medidas provisórias do ex-presidente Bolsonaro serão votadas diretamente nos Plenários da Câmara e do Senado. O senador Alessandro Vieira, do PSDB de Sergipe, já recorreu ao Supremo Tribunal Federal pela instalação das comissões mistas das MPs. Da Rádio Senado, Hérica Christian