Comissão quer informações sobre venda de refinaria a fundo dos Emirados Árabes
A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou três pedidos de informações sobre a venda da refinaria Landulpho Alves para a Mubadala Capital, um fundo de investimentos de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. As informações deverão ser prestadas pela Petrobras, Ministério de Minas e Energia e Ministério das Relações Exteriores.
Transcrição
A COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DO SENADO APROVOU TRÊS PEDIDOS DE INFORMAÇÕES SOBRE A VENDA DA REFINARIA LANDULPHO ALVES PARA A MUBADALA CAPITAL, UM FUNDO DE INVESTIMENTOS DE ABU DHABI, NOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA.
O comprador foi a Mubadala Capital, um fundo de investimentos de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, pelo valor de 1,65 bilhão de reais. A Mataripe foi a primeira refinaria nacional de petróleo. Sua criação, em setembro de 1950, foi impulsionada pela descoberta do petróleo na Bahia. O vice-presidente da Comissão, senador Otto Alencar do PSD da Bahia, destaca que atualmente, com a privatização da empresa feita pelo governo anterior, há um monopólio em território baiano:
Hoje no meu estado existe um monopólio dessa refinaria, tanto que se vende no meu estado óleo diesel e gasolina com o custo maior por litro do Brasil.Surge depois essa relação com esse grupo Mubadala, que é um grupo da Arábia Saudita e essa relação com os presentes valiosos que foram dados ao Brasil e que de alguma forma segundo a imprensa, segundo o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público foram encaminhamos para os familiares do ex presidente Jair Bolsonaro, deve existir uma relação muito próxima.
O presidente da comissão, senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, destaca que o pedido de informações é sobre a negociação e o valor de venda da refinaria de Mataripe. Ele disse ainda que as joias podem ser devolvidas, caso não sejam um presente para o Brasil.
O embaixador da Arábia Saudita precisa falar se é ou não um presente realmente da Arábia Saudita e pra quem é . E caso não seja, que seja devolvido para Arábia Saudita. O Brasil não tem que ficar com isso não, o que nós temos que fazer é investigar se a refinaria da Bahia realmente foi vendida pelo preço correto e caso não foi desfazer a transação e retomar isso. Até porque as informações que chegam é que o pessoal em vez de aumentar a produção de refino de petróleo não tá aumentando a produção.
Os pedidos de informação foram enviados ao presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates; ao Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e ao Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Sob a supervisão de Mauricio de Santi, da Rádio Senado, Carol Teixeira.