DataSenado mostra que maioria da população é contra facilitar o acesso às armas — Rádio Senado
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DataSenado mostra que maioria da população é contra facilitar o acesso às armas

A equipe do Instituto DataSenado perguntou aos brasileiros se facilitar a posse de armas aumentaria a segurança no Brasil. Em resposta, 60% dos entrevistados discordaram de medidas nessa direção. Em 2021 o índice de discordância havia sido de 69%. Já o percentual de brasileiros que acreditavam que ampliar o acesso a armas poderia ajudar a diminuir a violência cresceu de 28% em 2021 para 37% em 2022. Os senadores afirmaram que o levantamento pode ajudar a embasar propostas legislativas.

17/02/2023, 09h34 - ATUALIZADO EM 17/02/2023, 09h40
Duração de áudio: 03:00
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Transcrição
UMA PESQUISA DO DATASENADO MOSTROU QUE A MAIORIA DA POPULAÇÃO CONTRA FACILITAR O ACESSO ÀS ARMAS. PARA 60% DOS BRASILEIROS, ISSO PODE AUMENTAR A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. O REPÓRTER PEDRO PINCER TEM OS DETALHES: Tema que está constantemente na lista das principais preocupações dos brasileiros, inclusive  nas eleições de 2022, a segurança pública recebeu atenção especial do DataSenado no Panorama Político 2023. Uma série de questões foram feitas aos brasileiros na nova edição da pesquisa. Constatou-se que os cidadãos seguem majoritariamente contrários a facilitar o acesso a armas de fogo.   Assim que encerrado o segundo turno das eleições do ano passado, a equipe do Instituto DataSenado perguntou aos brasileiros se facilitar a posse de armas aumentaria a segurança no Brasil. Em resposta, 60% dos entrevistados discordaram de medidas nessa direção. Em 2021 o índice de discordância havia sido de 69%. Já o percentual de brasileiros que acreditavam que ampliar o acesso a armas poderia ajudar a diminuir a violência cresceu de 28% em 2021 para 37% em 2022. A maioria da população também avalia que facilitar a posse de armas aumenta a violência doméstica. De acordo com o levantamento, 60% dos brasileiros concordam com a afirmação, enquanto que 38% discordam. Para 86% do grupo contrário a facilitar a posse de armas, a violência doméstica e familiar contra a mulher aumentou nos últimos 12 meses. A senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, é contrária à flexibilização das regras e conta um pouco da experiência com o atendimento de pessoas envolvidas em crimes com armas de fogo. Eu sou médica de formação, trabalhei anos em pronto socorro e vi muitos cidadãos que me diziam: "Dra. Zenaide, se eu não estivesse com a arma de fogo, não teria matado meu amigo, não teria atirado; no máximo, dado um empurrão". Claro que a gente deve discutir. Isso é democrático. Mas não vai ajudar em nada armar a população civil. Quem tem a obrigação de fazer a segurança pública do País é o Estado! Já Efraim Filho, do União da Paraíba, disse que os dados da pesquisa poderão embasar proposições no Senado. Ele pediu atenção à diferença entre o controle e a proibição ao porte de arma. A legislação, ela tem de prever os critérios psicológicos e técnicos para que o cidadão possa ter esse direito, quais são as suas obrigações, as suas responsabilidades e dar também a oportunidade de, cumprindo esses requisitos, o cidadão poder ter o direito a defender a sua vida, a sua família e o seu patrimônio. Realizada de 8 a 26 de novembro de 2022, a pesquisa ouviu, por telefone, 2.007 cidadãos de 16 anos de idade ou mais, em amostra representativa da população para avaliar a opinião dos brasileiros sobre uma série de temas. Os resultados foram divulgados agora, em fevereiro. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

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