Oposição diz que novo reajuste do mínimo está aquém do valor prometido na campanha — Rádio Senado
Economia

Oposição diz que novo reajuste do mínimo está aquém do valor prometido na campanha

O senador Jorge Seif (PL-SC) criticou o novo reajuste de R$ 18 do salário mínimo anunciado pelo presidente Lula e a ser pago a partir de maio. Ele destacou que o ex-presidente Bolsonaro ao deixar o governo concedeu um aumento de R$ 90. Seif também minimizou o tamanho da isenção do Imposto de Renda, que vai passar de R$ 1.903,98 para R$ 2.460. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) citou que o cenário da economia desfavorável tem limitado as ações do novo governo. Mas ressaltou que até o final do mandato, as promessas de Lula serão cumpridas.

16/02/2023, 21h12 - ATUALIZADO EM 16/02/2023, 21h12
Duração de áudio: 02:38
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Transcrição
OPOSIÇÃO DIZ QUE NOVO REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO ESTÁ AQUÉM DO VALOR PROMETIDO DURANTE A CAMPANHA ELEITORAL. PRESIDENTE LULA CONFIRMOU PISO DE 1.320 REAIS A PARTIR DE MAIO, ALÉM DE ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA PARA QUEM GANHA ATÉ 2.460 REAIS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN: Enviada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a Medida Provisória 1143 de 2022 reajustou em 5,81% o salário mínimo para R$ 1.302. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o piso será de R$ 1.320 a partir de maio e acrescentou que vai retomar a política nacional de valorização do salário mínimo. A regra, que deixou de vigorar nos últimos anos, determinava que o aumento do piso deveria considerar o crescimento econômico, além da inflação do último período. Lula também confirmou uma revisão da tabela do Imposto de Renda, o que não acontece desde 2015. Segundo ele, deixará de pagar o tributo sobre o salário quem recebe até R$ 2.640. Hoje, a isenção é de R$ 1.903,98. O senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, avalia que o novo aumento do salário mínimo e da revisão do IR está aquém do que o anunciado pelo novo governo na campanha eleitoral. Um governo que durante as eleições falou que se preocupa com o social, que falava de distribuição de picanha, que falava de isenção do Imposto de Renda, dar um aumento de $$ 18 no salário e ainda está atacando a autonomia do Banco Central, querendo que se reduza os juros na canetada, o que vai acarretar ainda mais o esvaziamento do poder de compra, nós estamos claramente indo na direção errada. Ao citar o atual cenário econômico desfavorável, o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, se disse confiante em que os reajustes serão maiores nos próximos anos de governo. Foram compromissos que o presidente assumiu durante a campanha eleitoral. Ainda não é o que nós gostaríamos de fazer. Certamente, nos próximos anos a correção do salário mínimo será maior, a faixa de isenção para o Imposto de Renda também elas vão se ampliar e eu acredito que até o final do governo todos esses compromissos serão devidamente respeitados e cumpridos. A medida provisória do salário mínimo deverá ser alterada durante a votação no Congresso Nacional para pagamento do valor maior a partir de maio. A equipe econômica estima uma despesa extra de R$ 5,6 bilhões nos cofres da Previdência Social. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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