Um mês depois dos ataques ao Congresso, Senado mostra força e segue como pilar da democracia — Rádio Senado
Democracia

Um mês depois dos ataques ao Congresso, Senado mostra força e segue como pilar da democracia

Há um mês, na tarde do dia 8 de janeiro, acontecia a invasão dos prédios dos Três Poderes. Era um domingo. Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal  para protestar contra a eleição do presidente Lula. No Senado, os atos antidemocráticos foram reprimidos pela Polícia Legislativa da Casa e pela Polícia Militar. Em 30 dias, o trabalho de recuperação do Senado avançou em ritmo acelerado.

07/02/2023, 21h39 - ATUALIZADO EM 07/02/2023, 21h39
Duração de áudio: 05:14
Pedro Gontijo/Agência Senado

Transcrição
SENADO MOSTRA FORÇA, RESILIÊNCIA E SEGUE COMO PILAR DA DEMOCRACIA UM MÊS APÓS OS ATAQUES AO CONGRESSO OBRAS RESTAURADAS, NOVO PPROTOCOLO DE SEGURANÇA E PROVIDÊNCIAS CONTRA OS VÂNDALOS ESTÃO ENTRE AS MEDIDAS. REPÓRTER PEDRO PINCER: Vidros quebrados, obras de arte destruídas, móveis danificados e até incêndios. Há um mês, na tarde do dia 8 de janeiro, acontecia a invasão dos prédios dos Três Poderes. Era um domingo. Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal  para protestar contra a eleição do presidente Lula. No Senado, os atos antidemocráticos foram reprimidos pela Polícia Legislativa da Casa e pela Polícia Militar. Com imagens sendo transmitidas ao vivo para o Brasil e para o mundo, os golpistas deixaram para trás um rastro de destruição. Em 30 dias, o trabalho de recuperação do Senado avançou em ritmo acelerado. Vidros trocados, espelhos reinstalados, carpetes substituídos e obras de arte restauradas. Era preciso deixar a Casa em condições para a posse dos 27 novos senadores, em 1º de fevereiro, e para a abertura do Ano Legislativo, no dia 2. A diretora geral do Senado, Ilana Trombka, classificou as invasões aos prédios dos Três Poderes como uma violência. Para Ilana, é como se o corpo institucional do Senado tivesse sido violado. Ilana ressaltou que os vândalos atacaram o coração da República, quando depredaram os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF. Ela disse que ainda sofre com as lembranças, mas apontou que o Senado e as instituições deram uma rápida resposta aos ataques, como forma de mostrar a importância dos papéis institucionais e de reafirmar o compromisso do país com a democracia. Eu acho que isso mostra que aas instituições, primeiro, eram fortes.O que se faz ali foi uma violência contra a democracia, mas que as instituiçõpes são fortes e elas resistem. Acho que simbolicamente a gente ter recuperado fisicamente tão rápido é também uma resposta a isso Os atos de vandalismo de janeiro impactaram também a rotina de segurança do Senado. Nas cerimônias de posse dos novos senadores e da abertura do ano legislativo, houve um credenciamento específico de visitantes para os eventos. O coordenador-geral da Polícia Legislativa do Senado, Gilvan Viana, destacou o aumento no número de detectores de metal para entrada no Senado, destinados aos servidores. Antes, apenas visitantes e terceirizados tinham que passar pelos pórticos de segurança. Gilvan Viana disse que os cursos e os treinamentos com equipamentos realizados pela Polícia Legislativa se mostraram eficazes no enfrentamento aos invasores. A gente começoiu a fazer alguns estudos, alguns levantamentos, está sendo elaborado um relatório e a primeira medida que foi feita foi passar todos o servidores, exceto deputados e senadores, pelo pórtico. Essa foi a primeira medida e estamos estudando para esrar melhorando cada vez mais a segurança no prédio do Congresso. Acho que equipamentos, treinamentos têm sido de suma importância e a gente vai investir cada vez mais nisso. O advogado-geral do Senado, Thomaz Gomma de Azevedo, informou que a Casa já fez a representação contra 39 pessoas junto à Procuradoria-Geral da República, para uma ação penal e de reparação de danos. A expectativa, para os próximos dias, é que mais 23 invasores sejam identificados. O advogado fez questão de destacar a atuação da Polícia Legislativa, que evitou que os estragos no Senado tivessem uma dimensão ainda maior. Eu acho que a principal expectativa é que não permaneça na sociedade a ideia de que é razoável o que aconteceu. Um ato de violência desses é preciso que seja visto com uma certa pausa. A pessoa que pensa em fazer isso pare e decida que não vale a pena fazer. De acordo com o diretor da Secretaria de Infraestrutura do Senado, Nélvio Dal Cortivo, o trabalho de recuperação da parte de engenharia está praticamente completo. Ele detalhou o trabalho da equipe da secretaria. Foram trocados, recuperados ou reparados os vidros comuns das fachadas do edifício principal, os espelhos do Salão Azul, as portas de vidro temperado do Plenário, da Presidência, do Cafezinho, entre outros, o revestimento de mármore da rampa do Congresso Quanto ao acervo do Museu do Senado, a coordenadora Maria Cristina Monteiro informou que quatro quadros não poderão ser recuperados por conta do nível dos estragos e terão que ser repintados. Cadeiras históricas, puxadores especiais e um tapete vermelho já foram restaurados. Um painel de Athos Bulcão será recuperado em parceria com restauradores da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União, Sindilegis, por sua vez, vai promover nesta quarta-feira um ato para lembrar o primeiro mês da invasão ao prédio do Congresso Nacional. A cerimônia ocorrerá a partir das duas da tarde, horário aproximado do início dos ataques.  Da Rádio Senado, Pedro Pincer

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