Senado aprova Política de Desenvolvimento para Caatinga
O Brasil deve ter uma política de desenvolvimento sustentável para o semiárido nordestino. Projeto nesse sentido foi aprovado no Senado (PLS 222/2016) e enviado para a análise da Câmara dos Deputados. O relator na Comissão de Meio Ambiente, Jean Paul Prates (PT-RN), disse que a proposta tenta conciliar preservação com a exploração econômica responsável.

Transcrição
O BRASIL DEVE TER UMA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA O SEMIÁRIDO NORDESTINO.
PROJETO NESSE SENTIDO FOI APROVADO NO SENADO E ENVIADO PARA A ANÁLISE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
O projeto de lei estabelece princípios e diretrizes para o uso e a proteção dos recursos naturais do bioma. A proposta não prevê o repasse de novos recursos, mas o uso de fontes atuais, como o FNE, Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, além de incentivos fiscais e linhas de crédito especiais para a região. O relator da proposta na Comissão de Meio Ambiente do Senado, Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, defendeu uma proteção específica para a região.
A instituição da meta de preservação de pelo menos 17% da Caatinga, por meio de unidades de conservação, a ser alcançada em dez anos. 17% preservados em dez anos. Apenas cerca de 7,5% do bioma hoje se encontra sob a proteção de unidades de conservação, com somente 1% desse bioma Caatinga em unidades de proteção integral, de acordo com o próprio Ministério do Meio Ambiente.
Jean Paul disse que a proposta tenta conciliar preservação com a exploração econômica responsável.
Estabelecemos, igualmente, uma meta de desmatamento ilegal zero no bioma Caatinga. Incluímos dispositivos relacionados à proteção e ao fomento à criação e implementação de unidades de conservação em áreas dotadas de relevância geológica e alto potencial para o desenvolvimento de atividades econômicas com bases sustentáveis para a região, como o ecoturismo.
Atividades como a mineração terão que respeitar algumas regras, como a delimitação e manutenção de área ecologicamente equivalente de, no mínimo, igual tamanho da área minerada, na mesma bacia hidrográfica. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.