Marcos do Val diz que invasores foram treinados

Transcrição
OS INVASORES QUE DEPREDARAM O CONGRESSO NACIONAL, O PALÁCIO DO PLANALTO E A SEDE DO SUPREMO FORAM TREINADOS E TINHAM CONHECIMENTO DE COMO AGIR. A AFIRMÇÃO É DO SENADOR MARCOS DO VAL. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Especialista em segurança pública, o senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo, fez a avaliação técnica das ocupações e afirmou que os invasores foram treinados para os atos que depredaram as sedes dos Poderes da República. Ao analisar as imagens das câmeras, o senador concluiu que essas pessoas foram preparadas, pois usaram técnicas como jogar água para dispersar o gás lacrimogêneo e usar extintores de incêndio como cortina de fumaça para bloquear a visão dos policiais. Além disso, conheciam as dependências da Casa, pois sabiam exatamente onde encontrar mangueiras de incêndio e extintores. As técnicas utilizadas são conhecidas apenas no meio policial, disse Marcos do Val. Ficou muito claro que houve um treinamento específico para fazer essas invasões. Este modus operandi foi inédito. Estudaram, sabiam exatamente a sala onde estavam os armamentos, sabiam como fazer essa aproximação, escolheram uma data que estava vazio. Então, como eu consegui avaliar, realmente que eles estavam usando de uma técnica, que só quem é o do meio sabe, então alguém que já foi ou esteve como função de polícia repassou esses conhecimentos para esses terroristas. Marcos do Val também disse que algumas pessoas, pensando se tratar de uma manifestação pacífica, acabaram contribuindo para o já programado ataque aos prédios da Praça dos Três Poderes. Caíram de paraquedas achando que era um protesto tranquilo. Só que quando foram ver, já era com o objetivo de fazer a invasão e depredar tudo e estavam realmente sendo conduzidos pelo extremismo da direita. Marcos do Val ressaltou que a Polícia do Distrito Federal é referência entre as polícias mundiais pela especialização em distúrbios civis e quando começou a agir, resolveu a situação. Ele destacou ainda a eficiência da Polícia Legislativa do Senado, que evitou que os danos patrimoniais e históricos fossem maiores. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.