Presidente do Senado repudia invasão criminosa do Congresso: afronta à democracia — Rádio Senado

Presidente do Senado repudia invasão criminosa do Congresso: afronta à democracia

O senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, pediu a todos os parlamentares, independentemente de posições ideológicas e políticas, que repudiem o episódio deste domingo (8), quando os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram invadidos e depredados por bolsonaristas radicais que protestavam contra o resultado das últimas eleições e defendiam intervenção militar no Brasil. Enquanto parlamentares de diferentes partidos cobraram a responsabilização dos envolvidos, o governador de Brasília, Ibanês Rocha (MDB), exonerou o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. Já o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decretou intervenção na segurança do Distrito Federal. A medida ainda será analisada pelo Congresso.

08/01/2023, 20h14 - ATUALIZADO EM 08/01/2023, 20h40
Duração de áudio: 02:53
Marcelo Camargo / Agência Brasil

Transcrição
O PRESIDENTE DO SENADO, RODRIGO PACHECO, CHAMOU DE CRIMINOSOS OS ATOS DE INVASÃO AOS PRÉDIOS DO CONGRESSO NACIONAL, DO PALÁCIO DO PLANALTO E DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NESTE DOMINGO. ELE PEDIU O REPÚDIO DE TODOS OS PARLAMENTARES CONTRA O QUE CONSIDEROU UMA AFRONTA AO PODER LEGISLATIVO. E LOGO APÓS OS EPISÓDIOS DESTE DOMINGO, O PRESIDENTE LULA DECRETOU INTERVENÇÃO FEDERAL NA SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI Uma semana após a posse do presidente Lula reunir milhares de pessoas em clima festivo na Praça dos Três poderes e na Esplanada dos Ministérios, as ruas de Brasília foram novamente tomadas. Desta vez, por radicais que protestavam contra o resultado das eleições e defendiam intervenção militar no país. No lugar de uma manifestação pacífica, os participantes, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, invadiram e depredaram o prédio do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Enquanto as forças policiais ainda trabalhavam para dissipar os invasores golpistas, o governador do Distrito Federal, Ibanês Rocha, exonerou seu secretário de Segurança Pública, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Em nota, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,afirmou que a situação é grave e que todas as medidas pertinentes serão tomadas. Pacheco classificou o episódio como uma “afronta ao poder legislativo”, afirmou estar em contato com o Governador de Brasília e os ministros da Justiça e da Defesa, e pediu que todos os parlamentares, independentemente de posições ideológicas e políticas, repudiassem com veemência esses atos criminosos. O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, chamou de terroristas os responsáveis pelos fatos deste domingo, e disse que cada um deles deve ser processado e preso. Já o senador Alessandro Vieira, do PSDB de Sergipe, cobrou a responsabilização do governador Ibanês Rocha e dos comandantes do policiamento, que segundo ele falharam gravemente na proteção do Congresso Nacional, com ausência total de organização, inteligência e compromisso pela democracia. Segundo a Polícia Legislativa do Senado, cerca de 30 golpistas que ocupavam o Plenário da Casa foram presos em flagrante. O líder do governo, senador Randolfe Rodrigues, por sua vez, afirmou que a manifestação terrorista em Brasília já era prevista e que, em suas palavras, “contou com a complacência e quase cumplicidade do governador”. Diante da situação, o presidente Lula, que estava em viagem a Araraquara, SP, decretou intervenção federal na segurança pública do DF. “Nós achamos que houve falta de segurança. Eu queria dizer para vocês que todas essas pessoas que fizeram isso serão encontradas e serão punidas. Eles vão perceber que a democracia garante o direito de liberdade, ela garante o direito de livre comunicação, de livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia”. A medida intervenção na segurança pública do DF deve valer até o dia 31 de janeiro, mas ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.

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