Bolsonaro veta dedução no IR às doações para programas contra o câncer e auxílio de PCDs — Rádio Senado
Veto

Bolsonaro veta dedução no IR às doações para programas contra o câncer e auxílio de PCDs

O presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto de lei (PL 5307/2022) que estabeleceria a dedução no Imposto de Renda para as doações realizadas a programas de assistência contra o câncer e de auxílio a pessoas com deficiência. A medida, apresentada pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), teve aprovação na Câmara dos Deputados, mas sofreu veto presidencial na última sexta-feira (23).

26/12/2022, 16h01 - ATUALIZADO EM 26/12/2022, 18h21
Duração de áudio: 01:32
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Transcrição
O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO VETOU A DEDUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA ÀS DOAÇÕES DESTINADAS A PROJETOS CONTRA O CÂNCER E AUXÍLIO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. O CONGRESSO NACIONAL VAI, AGORA, ANALISAR SE MANTÉM O VETO PRESIDENCIAL. REPÓRTER GABRIELA PEREIRA. O presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto que estabelecia a dedução no Imposto de Renda para as doações destinadas ao combate ao câncer e ao auxílio de pessoas com deficiência. A medida foi aprovada na Câmara dos Deputados recentemente, mas foi vetada pelo presidente na última sexta-feira.  A proposta é de autoria da senadora Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, e previa que os recursos arrecadados seriam destinados ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica e ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência. A relatora do projeto, senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, destacou que os programas precisam de financiamento para não serem interrompidos:  Ainda que a pandemia tenha forçado a descontinuidade temporária de alguns programas, abandonar os referidos programas não faz nenhum sentido, e o benefício, como sua principal fonte de financiamento, deve ser mantido. Na justificativa publicada no Diário Oficial, o presidente alegou que o projeto é inconstitucional e acarreta renúncias para a receita sem apresentação de estimativa de impacto orçamentário, além de não apresentar medidas compensatórias, violando a Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo também afirmou que a aprovação causaria insegurança jurídica, pois possibilitaria a interpretação a respeito da retroatividade do benefício fiscal. O Congresso vai decidir agora se mantém ou derruba esse veto, mas ainda não existe data definida para a discussão. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Gabriela Pereira. 

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