CE aprova projeto que cria a Política Nacional de Educação Digital — Rádio Senado
Educação

CE aprova projeto que cria a Política Nacional de Educação Digital

A Comissão de Educação (CE) aprovou o projeto que cria a Política Nacional de Educação Digital (PL4513/2020). De autoria da deputada Ângela Amin (PP-SC), a proposta visa ampliar o acesso à tecnologia com inclusão, educação, capacitação, especialização e pesquisa digital. A relatoria é do senador Esperidião Amin (PP-SC). Se aprovado pelo Plenário, o projeto voltará à Câmara dos Deputados.

20/12/2022, 14h10 - ATUALIZADO EM 20/12/2022, 16h51
Duração de áudio: 03:06
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Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU A CRIAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DIGITAL.    ENTRE AS INICIATIVAS ESTÃO A GARANTIA DE ACESSO À TECNOLOGIA E CURSOS TÉCNICOS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Segundo a proposta, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os currículos da educação básica devem incluir competências digitais em todas as etapas, a partir do ensino fundamental. A intenção é ampliar o acesso à tecnologia por meio de inclusão, educação, capacitação, especialização e pesquisa digital. De autoria da deputada Ângela Amin, do PP catarinense, a Política Nacional de Educação Digital foi aprovada pela Comissão de Educação com as alterações já feitas pela Comissão de Ciência e Tecnologia. A proposta prevê o ensino de computação, programação, robótica e outras habilidades, bem como inclui as demandas da educação digitalizada à Política Nacional do Livro. A falta destes conteúdos desestimula o estudante, disse o relator, senador Esperidião Amin, do PP catarinense. Se o jovem perceber que ele não vai ter ali nenhum ensinamento, não vai ter acesso a nada relevante, que possa ajudar a colocá-lo no mercado de trabalho, ele vai embora. Esta é uma das justificativas da evasão no ensino médio. A falta de alguns meios, especialmente a conexão digital, basta para desestimular e em poucos dias o garoto vai procurar outro caminho. Também o senador Zequinha Marinho, do PL do Pará, defendeu a atualização dos currículos, que devem incluir o domínio de idiomas. Estamos devendo isso à sociedade brasileira. Nós estamos educando um jovem para um mundo que não existe mais. Não adianta ficar botando dinheiro, pagando caro, e você forma uma pessoa amanhã que não tem a menor noção da vida. Isto aqui é o caminho para quer a gente retome um debate importantíssimo e possa educar um jovem, formar um jovem. O senador Jean Paul Prates, do PT potiguar, disse que essa política deve ser implementada imediatamente, pois já aponta as medidas necessárias. Duas coisas importantes: Fontes de recursos e também a consideração, até mais explícita do que já era antes, da priorização às vulnerabilidades sociais e econômicas. Para que não se fale de educação digital como se fosse apenas uma coisa para escola de rico ou de classe média. Para que se fale em inclusão digital e de educação digital em todas as camadas sociais, em todos os cantões do país. Para financiar a Política Nacional de Educação Digital, a proposta prevê doações públicas ou privadas e o uso, a partir de 2025, dos recursos do Fust, Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, que até 2024 deverá instalar internet com banda larga em todas as escolas do país. Pelo projeto, também serão usados recursos do Funttel, Fundo de Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações. A proposta segue agora para análise de Plenário e, por ter sido modificada no Senado, voltará à Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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