Audiência na CSF discutiu a segurança das urnas eletrônicas — Rádio Senado
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Audiência na CSF discutiu a segurança das urnas eletrônicas

A Comissão Senado do Futuro discutiu, em audiência pública, a segurança e a transparência do sistema eleitoral brasileiro, bem como a confiabilidade das urnas eletrônicas. De iniciativa do presidente do colegiado, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) explicou que o debate visa esclarecer tecnicamente para que em eleições futuras não haja dúvidas sobre o processo eleitoral e o resultado das eleições.

14/12/2022, 15h14 - ATUALIZADO EM 14/12/2022, 16h25
Duração de áudio: 03:10
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO SENADO DO FUTURO DISCUTIU A CONFIABILIDADE DAS URNAS ELETRÔNICAS. ESPECIALISTAS QUE PARTICIPARAM DO DEBATE GARANTIRAM A TRANSPARÊNCIA E A SEGURANÇA DO SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. O objetivo da audiência foi analisar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas de forma técnica para dar segurança ao eleitor sobre o seu voto e evitar futuros questionamentos sobre o processo e resultado de eleições, como explicou o presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal. “Nós precisamos dar confiança aos nossos eleitores de que o voto depositado na urna está sendo respeitado. Tecnicamente, precisamos saber a totalidade da confiança e tirar esses mitos, fakes. A urna eletrônica é quase que futebol no Brasil, todo mundo quer dar palpite, todo mundo sabe de tudo, e a gente precisa desmitificar isso”. O senador Eduardo Girão, do Podemos cearense, defendeu a realização de várias audiências públicas sobre o tema, apesar de o TSE, Tribunal Superior Eleitoral, garantir a segurança das urnas. Infelizmente não é esse o sentimento de boa parte da nossa população e ela não vai ser desconsiderada. Parece que é algo que querem enfiar goela a baixo da gente: não, as urnas são confiáveis, o sistema é o melhor do mundo. E me parece que isso não ressoa como verdade. Representando o Tribunal de Contas da União, Dione de Cerqueira Barbosa explicou que o TCU, de forma técnica e apartidária, realizou auditoria para avaliar a sistemática da votação eletrônica, desde a verificação das urnas até a totalização dos votos, que concluiu pela sua segurança. Ressaltou ainda que o sistema é transparente e público, podendo qualquer cidadão verificar as informações.  “É um processo transparente, é um processo confiável, é um processo em modernização e é um importante processo democrático no nosso país. Que se busque as informações, que são públicas e transparentes, a respeito do pleito como um todo”. Ao lembrar que a SBC, Sociedade Brasileira de Computação, já se pronunciou oficialmente pela confiabilidade do sistema eleitoral, Avelino Zorzo, que é integrante da Comissão Especial de Segurança da entidade e coordenador do Grupo de Confiabilidade e Segurança de Sistemas da PUC, Pontifícia Universidade Católica, do Rio Grande do Sul, destacou que os sistemas evoluíram e que estão entre os mais seguros do mundo. “E por isso que a gente pode dizer que a gente tem uma garantia de segurança no sistema como um todo. O grande problema que tem é que as pessoas não conhecem. Quando a gente fala de segurança da informação, a gente fala em criptografia, simétrica, a gente fala em função-resumo, assinatura digital, RSA, SHA, AES e é natural que as pessoas não conheçam, esse é um mundo desconhecido para elas. E como elas não conhecem, muitas pessoas desconfiam”. Os vários questionamentos feitos durante a audiência serão enviados ao TSE para esclarecimentos. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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