Plenário vai analisar criação do Dia da Surdocegueira

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A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU A CRIAÇÃO DO DIA NACIONAL DA SURDOCEGUEIRA. A DATA BUSCA A INCLUSÃO DE PESSOAS COM COMPROMETIMENTO TOTAL OU PARCIALMENTE DOS SENTIDOS DA VISÃO E DA AUDIÇÃO. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES A Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou o projeto que institui o Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira. O objetivo é reconhecer essa deficiência única, que compromete, total ou parcialmente, os sentidos da visão e da audição, ao mesmo tempo. A condição, também chamada de “perda sensorial dupla", pode ser genética ou adquirida. A data, a ser comemorada em 12 de novembro, busca promover a inclusão social das pessoas surdocegas e combater a discriminação. A relatora da proposta, senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, destacou que elas enfrentam inúmeros desafios, já que há um impacto multiplicador, ao associar as duas deficiências. Isso porque pessoas surdas costumam depender bastante da visão, enquanto pessoas com deficiência visual se apoiam nos sentidos da audição e do tato. Há portanto, barreiras complexas de comunicação, acesso a informações e mobilidade, como destacou Zenaide.  Não são duas deficiências juntas, mas uma deficiência única, que requer acompanhamento especializado para adaptar-se a essa condição. Os desafios para a inclusão das pessoas surdocegas ainda são muitos. O modo como cada deficiência afetará o aprendizado de tarefas simples e o desenvolvimento da comunicação do indivíduo varia de acordo com o grau de comprometimento propiciado pelas deficiências, associado aos estímulos que essa pessoa vai receber ao longo da vida. Segundo a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, o Brasil tem hoje 40 mil surdocegos. A matéria segue para análise do plenário do Senado. O autor da proposta é o deputado federal Eduardo Barbosa, do PSDB de Minas Gerais. Se não receber emendas, seguirá para sanção presidencial. Da Rádio Senado, Marcella Cunha