Exposição sobre 90 anos do voto feminino fica disponível até 10 de novembro na Câmara
Exposição na Câmara dos Deputados sobre os 90 anos do voto feminino vai até o dia 10 de novembro no Corredor Tereza de Benguela. A exposição é de iniciativa da Secretaria da Mulher e do Centro Cultural da Câmara, com apoio do Instituto Avon. A exposição tem curadoria de Angélica Kalil e Ana Prestes, com ilustração de Mariamma Fonseca. Na exposição são retratadas personagens históricas da luta feminina e conquistas alcançadas pelo voto feminino no País.

Transcrição
EXPOSIÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS APRESENTA OS 90 ANOS DO VOTO FEMININO NO BRASIL.
A INICIATIVA É UMA PARCERIA DA SECRETARIA DA MULHER, CENTRO CULTURAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COM APOIO DO INSTITUTO AVON. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA.
A exposição sobre os 90 anos do voto feminino é apresentada pela Secretaria da Mulher e pelo Centro Cultural da Câmara dos Deputados e conta com apoio do Instituto Avon, uma organização sem fins lucrativos que atua na defesa de direitos fundamentais das mulheres. A curadoria da exposição é de Angélica Kalil e Ana Prestes e ilustrações de Mariamma Fonseca. O direito ao voto feminino apareceu no Código Eleitoral Brasileiro em 1932, como um direito facultativo. E dois anos depois, em 1934, a Constituição mantém o voto facultativo para alguns casos e torna obrigatórios o alistamento e o voto feminino para mulheres que exercessem atividade remunerada. Além das nove décadas do voto feminino, também datas comemoradas em outubro, como o Dia da Promulgação da Constituição Brasileira e o centenário da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino são temas abordados na exposição. A iniciativa retrata personagens históricas da luta pela conquista ao voto feminino no país, apresenta a evolução dos direitos políticos pelas mulheres no ordenamento jurídico brasileiro nas Constituições e Códigos Eleitorais de 1824 até os dias atuais e apresenta algumas normas sobre os direitos das mulheres que só se converteram em lei devido à luta da bancada feminina. As ilustrações das personagens na exposição começam com a representação da primeira mulher a ter um cargo político no País, a regente temporária que influenciou na Proclamação de Independência do Brasil, Imperatriz Maria Leopoldina em 1822. Atualmente, as mulheres só representam 15% das cadeiras no Senado e na Câmara. Uma das curadoras da exposição, Angélica Kalil, enfatiza a importância da apresentação para o cenário político atual.
E eu acho que é muito importante essa exposição nesse momento historico de eleição no Brasil, onde as mulheres estão como nunca na pauta dessa eleição. Não tem como a gente pensar num país, numa sociedade de fato justa e democrática se nós não tivermos mulheres também nos espaços de decisão politica.
As curadoras afirmam que a exposição é um retrato e uma homenagem àquelas que tanto dedicaram suas vidas à causa da participação da mulher na política brasileira e mundial. As obras ficarão expostas até o dia 10 de novembro no Corredor Tereza de Benguela, na Câmara dos Deputados. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Carol Teixeira.