Quatro em cada dez famílias têm o nome sujo, aponta pesquisa do SPC — Rádio Senado
Dívidas

Quatro em cada dez famílias têm o nome sujo, aponta pesquisa do SPC

Quatro em cada dez famílias estavam com o nome negativado em setembro. O número corresponde a mais de 64 milhões de pessoas, e é um novo recorde da série histórica do levantamento, realizado pelo SPC Brasil, o Serviço de Proteção ao Crédito, em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. A pesquisa também demonstrou que 80% das famílias estão endividadas e 30% têm contas atrasadas. Para o senador Rodrigo Cunha (UNIÃO-AL), é preciso estimular o consumo consciente na população.

24/10/2022, 15h09 - ATUALIZADO EM 24/10/2022, 15h09
Duração de áudio: 02:35
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Transcrição
O NÚMERO DE BRASILEIROS NEGATIVADOS É O MAIOR DOS ÚLTIMOS DOZE ANOS, COM 40% DAS PESSOAS COM O NOME SUJO. É O QUE APONTOU ESTUDO DO SPC. O SENADO APROVOU UMA LEI PARA EVITAR O SUPERENDIVIDAMENTO E ESTIMULAR O CONSUMO CONSCIENTE NA POPULAÇÃO. OS DETALHES NA REPORTAGEM DE MARCELLA CUNHA. Quatro em cada dez famílias estavam com o nome negativado em setembro. O número corresponde a mais de 64 milhões de pessoas, e é um novo recorde da série histórica do levantamento, realizado pelo SPC Brasil, o Serviço de Proteção ao Crédito, em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. A dívida média acumulada pelos brasileiros foi de R$ 3.688,96 em setembro. A maioria esmagadora das despesas é com cartão de crédito, mais de 85%. Em seguida, estão os carnês de lojas, prestação do carro, crédito pessoal e financiamento da casa.  A pesquisa demonstrou que 80% das famílias estão endividadas e 30% têm contas atrasadas, outro indicador que atingiu o maior percentual da série iniciada em 2010. Os bancos concentram a maioria das dívidas dos brasileiros, mais de 61%, seguidos por débitos com o comércio e contas de água, luz e telefone. Para o senador Rodrigo Cunha, do União de Alagoas, o endividamento tem consequências avassaladoras para as famílias. As pessoas que estão endividadas entram num estresse familiar, afeta a sua vida, a sua autoestima, o seu ambiente de trabalho, afeta situações que acabam levando a buscas de realidades, como o alcoolismo, leva à busca das drogas, ou seja, afeta todo o ambiente de uma família que não consegue pagar as suas dívidas com o que recebe.  Rodrigo Cunha defendeu que é preciso estimular uma cultura de consumo consciente na população.  A nossa cultura de compra, que é invertida, as pessoas não juntam dinheiro para comprar um bem, elas compram o bem, verificam se cabe a parcela no seu bolso e realizam essa compra, mas só que, no intervalo de dois, quatro anos, quando normalmente chega a quantidade de parcelas, acontece algum dos acidentes da vida. Rodrigo Cunha foi relator da chamada Lei do Superendividamento, em vigor desde julho do ano passado. A medida alterou o Código de Defesa do Consumidor para prever audiências de negociação de dívidas com todos os credores do consumidor e para proibir práticas consideradas enganosas. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

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