Sessão Especial: profissionais defendem regulamentação da profissão de constelador familiar

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PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM COM A TERAPIA DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR DEFENDERAM A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO. ELES PARTICIPARAM DE UMA SESSÃO ESPECIAL NO SENADO NESTA SEXTA-FEIRA PARA HOMENAGEAR A METODOLOGIA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. A constelação familiar é uma modalidade de terapia alternativa que busca identificar a origem de problemas e conflitos a partir de dinâmicas de grupo. Os participantes representam pessoas que fizeram parte da história do paciente, muitas vezes da família, como forma de ajudá-lo a identificar a influência dessas relações nas suas emoções e no seu comportamento. Apesar de reconhecida pelo Sistema Único de Saúde, a prática recebe críticas de que não tem comprovação científica. O senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, que pediu a homenagem, disse que o uso da terapia enfrenta preconceito e resistência pois contraria interesses corporativos e econômicos. A gente sabe que também existem interesses contrariados com a expansão da constelação familiar. Eu vou dar um exemplo aqui: heranças, casos que passam décadas para se resolverem na Justiça conflitos familiares, que, em algumas sessões, em meses, às vezes semanas, se resolvem através da constelação familiar. Tem pessoas que têm um negócio que muitas vezes, nesse mundo materialista que a gente vive, é interessante que se estenda uma demanda dessa. Então, isso naturalmente gera uma resistência muito grande. Sophie Hellinger, viúva do criador do método Bert Hellinger, enviou um vídeo, que foi exibido com tradução simultânea. Ela defendeu a ampliação do atendimento e a regulamentação da profissão. E é muito importante em minha opinião regular a profissão de constelador, para que todos os interessados possam também encontrar a pessoa que lhes possa dar apoio na vida, em seu relacionamento, seu trabalho, para sua família e para sua saúde. As constelações familiares não querem substituir nenhuma profissão, mas vejo isso como um instrumento adicional em qualquer profissão. Mimansa Farny, que trouxe a constelação familiar para o Brasil na década de 90, destacou ainda a importância da terapia para reabilitar detentos e reintegrá-los à sociedade. Nós estamos conectados com coisas passadas. E nós podemos nos conectar com isso, juntar, abrir e, assim, viver e também compartilhar. Os relacionamentos, não é que alguém é ruim. Ninguém é ruim. E aí também temos pessoas da jurisprudência que trabalham com isto: saber como lidar com crimes, e como todos fazem parte e como podemos reconciliar. O tratamento é oferecido pelo SUS desde 2018, como terapia integrativa e complementar, com foco em prevenção de doenças e recuperação da saúde física e emocional. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.