Relator-geral do Orçamento diz que caberá ao governo Bolsonaro apontar recursos para bancar o Auxílio Brasil de R$ 600 — Rádio Senado
Orçamento 2023

Relator-geral do Orçamento diz que caberá ao governo Bolsonaro apontar recursos para bancar o Auxílio Brasil de R$ 600

O relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), antecipou que caberá ao governo Bolsonaro apontar os recursos para bancar o Auxílio Brasil de R$ 600 e a correção da tabela do Imposto de Renda. Ele também anunciou que o Congresso Nacional deverá aprovar um mesmo reajuste para todo o funcionalismo público de 9%. Marcelo Castro disse ainda que o projeto só deverá ser votado depois das eleições para que o presidente eleito possa definir suas prioridades.

01/09/2022, 14h00 - ATUALIZADO EM 01/09/2022, 15h47
Duração de áudio: 02:49
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
RELATOR-GERAL DO ORÇAMENTO DIZ QUE AUXÍLIO BRASIL DE 600 REAIS DEPENDERÁ DO PRÓPRIO GOVERNO ASSIM COMO A CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA. SERVIDORES PÚBLICOS DOS DIFERENTES PODERES DEVERÃO TER O MESMO AUMENTO SALARIAL PREVISTO NO PROJETO A SER VOTADO DEPOIS DAS ELEIÇÕES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O relator do projeto de Orçamento Geral da União de 2023, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, admitiu que as contas do ano que vem estão bem apertadas com poucos recursos para quaisquer despesas extras ou investimentos. E lembrou que pelo décimo ano consecutivo, o País contará com um déficit, desta vez, de R$ 63,7 bilhões. Marcelo Castro questionou as estimativas do governo de um crescimento maior e de uma inflação menor. E ressaltou que a proposta da equipe econômica de Bolsonaro sugere um aumento do salário mínimo que não repõe as perdas da disparada do preço dos alimentos. Marcelo Castro considera que será de responsabilidade de Bolsonaro garantir o Auxílio Brasil de R$ 600 e uma revisão da tabela do Imposto de Renda. Para nós, foi uma surpresa o governo não ter mandado. A nossa expectativa era a de que ele tivesse mandado uma proposta para o Congresso discutir dando reajuste. Senão não fica crível essa promessa porque uma pessoa de oposição pode prometer, não tem meios para propor. Mas o Executivo, um prefeito, governador e m presidente da República não precisa prometer, ele propõe. Se ele não propõe, fica a dúvida: por que não está propondo? O que o impede de propor? Nada impede. O senador Marcelo Castro antecipou também que o Congresso Nacional deverá se mobilizar para assegurar um reajuste salarial igual para todo o funcionalismo ao citar o de 18% do Poder Judiciário, que será dividido em duas parcelas de 9% em 2023 e 2024. Ele lembrou que o governo propôs um de 4,5% para os servidores do próprio Executivo. Temos que fazer um esforço para que o reajuste seja equivalente para todos. Todos são servidores públicos e todos merecem o mesmo tratamento. Não estamos tratando de aumento, mas tratando de reposição de perdas salariais, que para a maioria dos servidores do Executivo chega a 30%. E nós não estamos propondo reajustar nem em 5%. Então uma coisa difícil de se aceitar.   O senador Marcelo Castro disse que será mantida a redução dos impostos sobre os combustíveis e que o Congresso Nacional poderá redefinir os repasses do governo em relação aos R$ 19 bilhões das emendas do relator, a chamada RP-9, para garantir mais recursos para a saúde. Segundo ele, o projeto só será discutido depois das eleições para que o candidato eleito possa definir suas prioridades. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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