Senadores repudiam casos de racismo. Congresso tem propostas sobre o tema — Rádio Senado
Racismo

Senadores repudiam casos de racismo. Congresso tem propostas sobre o tema

O caso de preconceito racial envolvendo os filhos dos atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso em Portugal mobilizou senadores em suas redes sociais. Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que a luta contra o racismo é de todos os brasileiros de bem. Daniella Ribeiro (PSD-PB) qualificou o episódio como revoltante e perguntou: “Como explicar a uma criança que a cor da sua pele desperta tanto ódio e crueldade?”. Já Jorge Kajuru (Podemos-GO) classificou o fato como “sórdido”. O Congresso debate projetos para combater esse tipo de crime no Brasil (PL 4566/2021 e PL 4373/2020).

02/08/2022, 18h36 - ATUALIZADO EM 02/08/2022, 20h02
Duração de áudio: 02:55
Reprodução / Redes Sociais

Transcrição
O PRECONCEITO RACIAL SOFRIDO PELOS FILHOS DOS ATORES GIOVANNA EWBANK E BRUNO GAGLIASSO MOBILIZOU OS SENADORES NAS REDES SOCIAIS. CRIANÇAS FORAM XINGADAS EM PORTUGAL EM UM RESTAURANTE POR SEREM NEGRAS.  REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO  Os senadores do PT Fabiano Contarato do Espírito Santo e Rogério Carvalho de Sergipe; Jorge Kajuru do Podemos de Goiás e Daniella Ribeiro do PSD da Paraíba usaram seus perfis nas redes sociais para repudiar o episódio ocorrido em um restaurante em Portugal com dois filhos dos atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. De acordo com a assessoria do casal, uma mulher branca xingou as crianças e uma família de turistas angolanos que estavam no local por serem negros e pediu para que saíssem do restaurante. Um vídeo, com grande repercussão nas redes sociais, mostra a reação de Giovanna Ewbank. Bruno Gagliasso chamou a polícia, que levou a mulher que praticou racismo. O senador Paulo Paim do PT do Rio Grande do Sul também lamentou o ato racista sofrido pelos filhos dos atores:   As mídias sociais denunciaram o crime de racismo cometido contra os filhos da atriz Giovanna Ewbank, branca, e do ator, Bruno Gagliasso, também branco, em Portugal. Ora, eram filhos que eles adotaram e eram negros. Crime lamentável, que atinge a humanidade, a saúde mental das pessoas negras em qualquer lugar do mundo. Paulo Paim é autor do projeto, já aprovado pelo Senado, que tipifica como crime de racismo a injúria racial, aumentando a punição para quem ofender a honra de uma pessoa com palavras, gestos e imagens que façam referência a sua raça, cor ou etnia. O senador ainda foi relator da proposta da Câmara com teor semelhante, também aprovada pelos senadores: No Brasil, esses crimes raciais acontecem diariamente. Devido a esses casos, foi que apresentei o PL 4373/2020 que tipifica como crime de racismo a injúria racial e fui relator, também, do PL 4566/2021 de autoria da deputada Tia Eron e também do Deputado Bebeto. As matérias foram aprovadas no Senado e, infelizmente, estão engavetadas lá na Câmara dos Deputados. Não existe democracia e bem viver com racismo. A proposta do senador Paulo Paim que tipifica como crime de racismo a injúria racial aguarda análise da Câmara. Se for aprovada sem modificações, vai à sanção. Se alterada pelos Deputados, retornará para análise do Senado. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro.

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