Três pedidos de CPIs são lidos, entre eles o da CPI do MEC — Rádio Senado
CPI do MEC

Três pedidos de CPIs são lidos, entre eles o da CPI do MEC

Ao ler cinco pedidos de criação de CPIs, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, unificou os que tratam da atuação de ONGs na Amazônia e do desmatamento na região. Também foram criadas as comissões do crime organizado, de obras inacabadas no Ministério da Educação na gestão do PT e das denúncias de corrupção envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro e pastores. Mas por decisão da maioria dos líderes partidários, as quatro CPIs só serão instaladas efetivamente após as eleições.

06/07/2022, 23h06 - ATUALIZADO EM 07/07/2022, 13h07
Duração de áudio: 02:24
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Transcrição
LOC: TRÊS PEDIDOS DE CPIS FORAM LIDOS EM PLENÁRIO PELO PRESIDENTE DO SENADO, RODRIGO PACHECO, ENTRE ELES O DA CPI DO MEC. OS REQUERIMENTOS SE JUNTAM A OUTROS DOIS, LIDOS EM 2019. LOC: MAS POR DECISÃO DA MAIORIA DOS LÍDERES, AS INVESTIGAÇÕES SÓ VÃO OCORRER APÓS AS ELEIÇÕES. A OPOSIÇÃO CONTESTA ESSE CALENDÁRIO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Conforme previsto no regimento, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez a leitura de cinco pedidos de CPIs. Ele decidiu pela junção dos dois requerimentos apresentados em 2019 que tratam da atuação de ONGs na Amazônia e do aumento do desmatamento na região. Também foram oficializados os pedidos de investigação do crime organizado nas regiões Norte e Nordeste, de obras inacabadas no Ministério da Educação na gestão do PT e das denúncias de corrupção envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro e pastores. Mas por decisão da maioria dos líderes partidários, as quatro CPIs só serão instaladas efetivamente após as eleições. O senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, argumentou que desta maneira a oposição não transformará as investigações em palanque eleitoral. E reforçou que o caso da cobrança de propina no MEC está nas mãos da Polícia Federal. Sonora: Eduardo Girão Essas CPIs são importantes, mas não a 90 dias da eleição, que poderia, de alguma forma, contaminar uma apuração correta que as autoridades, em algumas dessas CPIs propostas, já estão fazendo, como a Polícia Federal, como a CGU e como a PGR, no caso do MEC, e nós vamos cobrar uma apuração rápida dessas instituições para que possamos ter justiça e que os culpados efetivamente sejam punidos. A oposição não descarta recorrer ao Supremo Tribunal Federal para instalar a CPI do MEC em agosto, após o recesso parlamentar. O líder da minoria, senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, rebateu os argumentos das investigações em curso pela PF e da proximidade das eleições. Sonora: Jean Paul A investigação está contaminada, está se recebendo pressões e ameaças justamente por conta da eleição. E menos ainda o argumento de ser eleitoreiro ou de ser próximas das eleições. Do contrário, como eu já disse, nós criaremos um precedente e, um hábito de que próximo de eleição não pode ter CPI, portanto, pode fazer qualquer coisa. Então, no fim de governo está tudo liberado. Feita a leitura dos requerimentos, as CPIs só poderão ser instaladas após a indicação dos integrantes das comissões, o que só deverá ser feito depois das eleições de outubro por não haver um prazo regimental. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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