Apenas conectividade é insuficiente nas escolas, conclui comissão — Rádio Senado
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Apenas conectividade é insuficiente nas escolas, conclui comissão

A Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia discutiu nesta segunda-feira (27) formas de garantir acesso a dispositivos com conexão à internet de alta velocidade aos estudantes e professores da rede pública de ensino. Para Zenaide Maia (PROS-RN), escolas conectadas contribuem para a permanência dos alunos. Já o representante do Ministério da Comunicações, Pedro Lucas Araújo, defendeu que é preciso um esforço conjunto de políticas educacionais para que a inclusão digital seja verdadeira.

27/06/2022, 18h02 - ATUALIZADO EM 27/06/2022, 18h02
Duração de áudio: 02:46
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Transcrição
APENAS A CONECTIVIDADE NAS ESCOLAS NÃO GARANTE A INCLUSÃO DIGITAL. FOI O QUE CONCLUIU A SUBCOMISSÃO DESTINADA A ANALISAR A EDUCAÇÃO NA PANDEMIA, DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA SEGUNDA-FEIRA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia discutiu o acesso de estudantes e professores da rede pública a dispositivos com conexão à internet de alta velocidade. Segundo a presidente do Centro de Inovação para a Educação Brasileira, Lúcia Dellagnelo, é preciso garantir que, além da internet e computadores, as escolas tenham uma equipe capacitada a oferecer o conteúdo de forma digital. Lúcia defendeu que é preciso incorporar as tecnoogias aos currículos e às práticas pedagógicas. Talvez o desafio mais importante e mais complexo seja preparar a comunidade escolar para fazer uso da tecnologia. As possibilidades do uso de tecnologia mudam tão rapidamente que a gente tem que garantir pelo menos uma formação anual para os professores em relação ao uso da tecnologia. Já a senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, chamou a atenção para a relação entre a exclusão digital e evasão escolar. E é claro que a gente sabe que não é só botar as estruturas, a internet lá; a gente precisa envolver, qualificar os alunos. E, dentro desses seis itens que a gente prioriza, a gente sempre está trabalhando sobre isso, o acesso à escola. E a busca ativa é extremamente essencial, a permanência na escola depende de infraestrutura, de conectividade. O representante do Ministério das Comunicações, Pedro Lucas Araújo, disse que a maioria das escolas sem internet são municipais e estão nas regiões norte e nordeste, especialmente nas áreas rurais. São mais de 5 mil e 600 escolas que, além de não ter internet, não possuem sequer energia elétrica. Segundo Pedro, um novo programa da pasta prevê, pela primeira vez, a distribuição de chips de banda larga para uso individual dos alunos, além de promover a conectividade de toda a família. O representante do Governo pontuou, no entanto, que é preciso um esforço conjunto para que a inclusão digital seja completa. A política de telecomunicações vai até um ponto: O desafio da conectividade talvez não seja o mais difícil, o mais complexo. A gente está conseguindo resolver, com coordenação. Agora, a gente só vai conseguir fazer a transformação digital do processo de ensino e aprendizagem tendo realmente o reforço robusto das políticas educacionais. Não adianta só entregar acesso à internet; precisa, do outro lado, reforçar as políticas de conectividade. Também participou da audiência pública a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Lilia Sumiya, que apresentou um diagnóstico das escolas no estado. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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