Após prisão de ex-ministro, faltam duas assinaturas para requerer CPI do MEC — Rádio Senado
CPI

Após prisão de ex-ministro, faltam duas assinaturas para requerer CPI do MEC

O líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vai insistir na CPI do MEC após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por esquema de corrupção envolvendo pastores e a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Segundo ele, faltam duas assinaturas para apresentar o requerimento, que necessita do apoio de 27 senadores. Em abril, três desistiram das investigações. O presidente da Comissão de Educação, Marcelo Castro (MDB-PI), defendeu um pente-fino nos convênios do FNDE liberados por Milton Ribeiro.

22/06/2022, 13h23 - ATUALIZADO EM 22/06/2022, 13h44
Duração de áudio: 01:54
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A OPOSIÇÃO DIZ QUE FALTAM DUAS ASSINATURAS PARA APRESENTAR O PEDIDO DE CRIAÇÃO DA CPI DO MEC, QUE TEVE DESISTÊNCIAS EM ABRIL APÓS O APOIO DE 27 SENADORES. A POLÍCIA FEDERAL PRENDEU NESSA QUARTA-FEIRA O EX-MINISTRO MILTON RIBEIRO SUSPEITO DE CORRUPÇÃO COM VERBA DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.    O líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, anunciou que faltam duas assinaturas para apresentar o pedido de CPI do MEC. Alegando crimes de corrupção passiva, prevaricação, que é o uso do cargo público para interesse pessoal, advocacia administrativa e tráfico de influência, o juiz Renato Borelli da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal determinou a prisão preventiva, ou seja, sem tempo determinado, do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Segundo denúncias, pastores ligados a ele cobrariam propina de prefeitos para a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Randolfe Rodrigues destacou que no início de abril o governo conseguiu a retirada de 3 assinaturas do pedido de CPI, que na época contava com o número mínimo exigido de 27. Ele considera que a prisão do ex-ministro poderá convencer outros senadores a apoiarem as investigações pelo Senado.   Em uma mobilização pouco vista aqui na história do Congresso, em um final de semana, (o governo) retirou 3 assinaturas. Nós conseguimos repor uma assinatura em seguida e estamos a duas. O requerimento está à disposição, mas já estamos oferecendo publicamente aos e às senadoras para instalar. Com os acontecimentos de hoje, me parece que é inevitável, necessário e urgente a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Diante da operação da Polícia Federal, o presidente da Comissão de Educação, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, defendeu uma intervenção no FNDE para uma investigação dos repasses feitos na gestão de Milton Ribeiro. Também são alvos desse inquérito os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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