Formação de professores é fundamental para boa recomposição da aprendizagem

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A COMISSÃO QUE ANALISA OS IMPACTOS DA PANDEMIA NA EDUCAÇÃO DISCUTIU NESTA SEGUNDA-FEIRA FORMAS DE RECOMPOR A APRENDIZAGEM DOS ESTUDANTES. OS DEBATEDORES DEFENDERERAM INVESTIMENTOS NA CAPACITAÇÃO DO CORPO DOCENTE. SEGUNDO O MEC, QUASE METADE DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA SÃO TEMPORÁRIOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia discutiu nesta segunda-feira formas de recomposição da aprendizagem dos estudantes, que não puderam receber todo o conteúdo previsto duante a pandemia. Segundo o Ministério da Educação, a média de aulas online foi de 279 dias. Para a representante do Fórum Nacional de Educação, Roberta Guedes, a valorização dos professores deve ser vista como pauta emergencial. Ela defendeu uma formação compartilhada da escola privada para a escola pública, já que muitos docentes dão aulas nas duas redes de ensino. Como é que nós vamos falar de perdas de aprendizagem se a gente não falar desse professor, que precisa ter valorização, que precisa ter condições trabalho, que precisa ter formação adequada? Porque está caindo no colo dele um novo ensino médio, só que ele não foi formado para isso. Então, nós precisamos urgentemente começar do começo, que é formação inicial e formação em serviço. O presidente do colegiado, senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, concorda que é preciso tornar a carreira docente mais atrativa. E criticou que os chamados contratos temporários de profissionais de educação sejam hoje tão comuns.  O professor, o profissional da educação concursados, para terem salário, plano de carreira, uma perspectiva de vida inclusive para atrair os jovens. Há muitos professores seletivos ou o que eles falam de processo de contratação simplificada, porque, às vezes, faltam professores. E isso é, aliás, importante, porque alguém pode ficar doente, ter um acidente... Tem que ter o Processo Seletivo Simplificado. Porém, isso passou a ser a regra. O Censo Escolar de 2021 apontou que 44% dos professores da rede pública são temporários, contratados por processo seletivo simplificado ou CLT. Segundo a representante do MEC, Leda da Silva,  a pasta tem investido na formação de professores. Aconteceram desafasagens. O que a gente está fazendo são esses programas de avaliações e investindo também na formação de professores, tanto inicial quanto continuada. Houve perdas - e perdas grandes. É fato que a gente tem estudante hoje que está no terceiro ano, que só teve aula de forma virtual, que já era para estar alfabetizado de acordo com a base do segundo ano e que tem essas defasagens.  O Ministério da Educação apresentou aos senadores dois programas de avaliação do aprendizado. Um deles foi idealizado pela Universidade de Juiz de Fora e oferece testes de acordo com a série do aluno, gerando um quadro geral com os resultados obtidos e oferecendo à escola as orientações do que precisa ser trabalhado com aquele grupo de estudantes. Outra iniciativa é um aplicativo que corrige, por meio de inteligência artificial, os textos dos alunos. Além de elencar as dificuldades apresentadas pelo estudante, também é sugerido quais conteúdos precisam ser enfatizados pelo professor. Da Rádio Senado, Marcella Cunha