Combate à violência nas escolas passa por família e professores — Rádio Senado
Audiência pública

Combate à violência nas escolas passa por família e professores

A Comissão de Educação discutiu nesta quarta-feira (8) o combate à violência nas escolas, especialmente após a pandemia. O senador Confúcio Moura (MDB-RO) lembrou que mais de 33 milhões de brasileiros passam fome e que fatores como fome e desemprego agravam comportamentos violentos em qualquer situação, inclusive nas escolas.

08/06/2022, 13h21 - ATUALIZADO EM 07/07/2022, 20h47
Duração de áudio: 02:35
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Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DISCUTIU NESTA QUARTA-FEIRA COMO ENFRENTAR OS PROBLEMAS DA VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS AGRAVADOS PELA DA PANDEMIA. OS PARTICIPANTES DEFENDERAM QUE ALÉM DE ACOLHER OS ALUNOS, É PRECISO OLHAR PARA OS FAMILIARES E OS PROFESSORES. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Comissão de Educação debateu formas de combater o aumento na violência nas escolas, após a pandemia. Para o senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, os estudantes refletem a situação do país, com alto desemprego e mais de 33 milhões de pessoas passando fome. Esse é um agravamento muito grande das competências sociemocionais. Outro fator é a violência domiciliar, do entorno da família. E o desemprego. Então, são os fatores mais estressantes que o aluno leva para o interior da sala de aula como uma expressão de adoecimento, sobre várias modalidades desde a agressividade, a depressão, a automutilação e outros fatores mais.  Para o representante da Secretaria de Educação de São Paulo, Patrick Tranjan, a escola funciona como um catalizador dos problemas vividos fora da sala de aula. E defendeu uma maior participação das famílias no ambiente escolar para assegurar a integração do aluno.  Está na hora da gente enquanto país discutir que educação não é depósito de criança. A família precisa se envolver na educação dos filhos.  Não é botar filho no ônibus, não é olhar boletim e ir em reunião de pais. É entender de fato como a criança tem se intregrado ao ambiente escolar e de que forma o ambiente escolar tem dado retorno para as famílias. Já o especialista em segurança pública nas escolas, Igor Pipolo, falou sobre formas de prevenção, como melhoria na infraestrutura nos colégios, e apresentou uma classificação da violência pelo grau de risco. Ele defendeu, ainda, ações voltadas para a saúde mental dos professores. Da infraesturura, do cuidado, do acolhimento, da parte psicológica, da capacitação dos nossos professores. Se o professor não está bem como ele vai pra escola? Então é imporntatíssimo a gente olhar para os alunos mas também olhar para o corpo doscente que é quem tem essa árdua missão de trazer esses alunos para um patamar que a gente tanto deseja.  Já a representante do Ministério da Educação, Denise Dias, que falou sobre as competências socioemocionais dos alunos; e o presidente da Comissão do Plano de Urgência para Paz nas Escolas Públicas do DF, Tony de Oliveira, citou casos bem sucedidos no Distrito Federal, onde foi identificado que mais de 15% das escolas necessitavam ações imediatas de segurança. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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