DataSenado mostra que 32% das candidatas já foram discriminadas na política — Rádio Senado
Eleições

DataSenado mostra que 32% das candidatas já foram discriminadas na política

A pesquisa DataSenado “Equidade de Gênero na Política-2022” foi lançada durante o Seminário “Mais Mulheres na Política”. O levantamento foi feito com o intuito de detectar obstáculos que prejudiquem o aumento da representatividade feminina na política. 32% das mulheres ouvidas afirmaram já terem sido discriminadas no ambiente político em razão do seu gênero. A pesquisa completa está disponível da página do DataSenado, em www.senado.leg.br/datasenado


30/05/2022, 20h12 - ATUALIZADO EM 30/05/2022, 20h17
Duração de áudio: 03:11
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LANÇAMENTO DA PESQUISA DATASENADO "EQUIDADE DE GÊNERO NA POLÍTICA-2022”  É  FEITO DURANTE SEMINÁRIO “MAIS MULHERES NA POÍTICA” UM TERÇO DAS MULHERES CANDIDATAS OUVIDAS PELO LEVANTAMENTO AFIRMARAM JÁ TER SIDO DISCRIMINADAS NO AMBIENTE POLÍTICO EM RAZÃO DO SEU GÊNERO. REPORTAGEM REGINA PINHEIRO O Instituto de Pesquisa DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência ouviu candidatas e candidatos às eleições de 2018 e 2020 sobre os desafios enfrentados no desempenho de suas atividades políticas, com o objetivo de investigar fatores que possam resultar na baixa representatividade feminina nos cargos eletivos e a presença de violência política em ambos os gêneros. Esta foi a segunda edição da pesquisa “Equidade de Gênero na Política", a primeira foi  lançada em 2016. Na edição de 2022, entre os dias 22 de março a 13 de abril, o DataSenado entrevistou por telefone 2.850 candidatos, entre homens e mulheres. A Chefe de Pesquisa e Análise do  Instituto DataSenado, Isabela Lima, informou que 3 em cada 10 mulheres disseram já ter sofrido discriminação no ambiente político: "Você já foi discriminado em função do seu gênero?". Três a cada dez mulheres disseram que sim, no ambiente político foram discriminadas em função do seu gênero. Interessante que, quando perguntadas: "Você já sofreu violência no ambiente político?", ao passo que 32% delas disseram que já foram discriminadas, só 23% disseram que já sofreram violência no ambiente político. A discriminação não é vista como violência. Fica a questão se já nos acostumamos a ser discriminadas.  A Pesquisa também mostrou que 78% dos entrevistados  acreditam que a Lei de Cotas para candidaturas femininas ajuda a eleger mulheres. A Procuradora Especial da Mulher do Senado Federal, senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, afirmou que  os resultados da pesquisa mostram que ainda há um longo caminho a percorrer:  Enaltecer o trabalho do instituto DataSenado, que vai apresentar aqui a realidade da mulher nos postos de poder e principalmente na política, um cenário pelo qual todos vocês vão perceber que nós avançamos, mas que temos um longo caminho ainda a percorrer. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lamentou que a representatividade das mulheres na política ainda seja baixa:  As mulheres representam cerca de 51% da população brasileira. Segundo dados do TSE, elas somam 53% do eleitorado. No entanto, ocupam hoje somente 15% das cadeiras da Câmara dos Deputados e 13% das cadeiras do Senado Federal. Isso, evidentemente, tem que mudar. É uma sub-representação quantitativa não apenas injusta, mas que tem consequências indesejáveis para o país. O  relatório completo da pesquisa está disponível no endereço eletrônico www.senado.leg.br/datasenado. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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