Aprovada divulgação de resultado da Previdência, sem item que obrigaria recomposição de desonerações
O Senado aprovou medida provisória (MPV 1093/2021) que prevê a divulgação mensal do resultado financeiro da Previdência com detalhamento das renúncias fiscais e se equilíbrio é atingido. O senador Paulo Rocha (PT-PA) tentou garantir a recomposição pela União do Fundo do Regime Geral de Previdência no valor das desonerações de folha de pagamento permitidas pela legislação. A iniciativa, no entanto, acabou derrotada. De acordo com o relator, Carlos Fávaro (PSD-MT), a medida geraria impacto excessivo sobre o Orçamento e afetaria o cumprimento do teto de gastos.
Transcrição
O SENADO APROVOU A MEDIDA PROVISÓRIA QUE PREVÊ A DIVULGAÇÃO MENSAL DO RESULTADO FINANCEIRO DA PREVIDÊNCIA COM DETALHAMENTO DAS RENÚNCIAS FISCAIS.
OPOSIÇÃO TENTOU EMPLACAR OBRIGAÇÃO DO GOVERNO DE REPASSAR PARA O INSS AS DESONERAÇÕES DE FOLHA DE PAGAMENTO, MAS ACABOU DERROTADA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
A medida provisória diz que o Governo Federal deve divulgar, mensalmente, o resultado financeiro das contas da Previdência, inclusive com o detalhamento das renúncias fiscais. As desonerações da folha de pagamento de empresas deixariam de ser cobertas pela União automaticamente, como reclamou o líder do PT, senador Paulo Rocha, do Pará.
Qual a consequência disso? Falência do INSS, com prejuízos graves, com essa desoneração prejuízos graves para aqueles que têm acesso a previdência social, caso de aposentados ou de qualquer outro que recorre à Previdência Social.
Mas o relator, Carlos Fávaro, do PSD de Mato Grosso, disse que não há dinheiro no Orçamento para a compensação das desonerações.
A compensação da desoneração ocupa espaço no teto de gastos e, caso retorne, deve representar perda de espaço fiscal no teto de gastos da ordem de 1,5 bilhão em 2022.
O governo também alegou que o Tesouro Nacional já complementa o orçamento previdenciário em situação de déficit e que há várias outras renúncias fiscais, como o Simples e de entidades filantrópicas, que não apenas as desonerações de folha. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.