Senado vai analisar criação do Dia Nacional de Conscientização pelo Parto Humanizado
Os senadores devem analisar o projeto aprovado pela Câmara (PL 499/2022) que institui o “Dia Nacional de Conscientização pelo Parto Humanizado, Digno e Respeitoso”. O evento será celebrado anualmente no Dia das Mães. O parto humanizado ocorre com acompanhamento médico, mas da forma mais natural possível, com o mínimo de intervenções para evitar situações traumatizantes e estressantes para a mãe e o bebê.
Transcrição
CHEGOU AO SENADO A PROPOSTA DA CÂMARA QUE INSTITUI O DIA NACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO PELO PARTO HUMANIZADO, DIGNO E RESPEITOSO.
A DATA DEVERÁ SER COMEMORADA ANUALMENTE NO DIA DAS MÃES. A REPORTAGEM É DE REGINA PINHEIRO:
A proposta da Câmara, de autoria da deputada Perpétua Almeida, do PC do B do Acre, cria o Dia Nacional de Conscientização pelo Parto Humanizado, que será celebrado, anualmente, no Dia das Mães. A relatora na Câmara, Aline Gurgel, do Republicanos do Amapá, explica que o parto humanizado também é realizado com acompanhamento médico, mas sem muitas intervenções. O objetivo é deixar que o bebê nasça da maneira mais natural possível e permitir que a mãe se recupere em menos tempo, evitando experiências traumatizantes, situações estressantes ou interferências desnecessárias. Aline Gurgel ressalta que o parto humanizado não diz respeito a dar à luz em casa ou em uma banheira, e sim, ao tipo de assistência que a mulher recebe. Recentemente, a senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, que é médica, criticou novas orientações do Ministério da Saúde para o momento do parto:
O Ministério da Saúde, através do seu coordenador de saúde básica, terminou de lançar uma nova caderneta para gestantes em que legaliza a violência obstétrica. Eles autorizam aquelas manobras físicas de esmagamento, de empurrar crianças, de episiotomia, mesmo sem grandes indicações, consideradas legais.:
Zenaide defendeu a humanização do parto, chamando a atenção dos pais:
Vocês pais, na hora do nascimento do seu filho, que é para ser uma coisa humanizada, feliz, vão ter sua esposa e seus filhos muitas vezes mutilados. Não podemos permitir a gente lutou aqui, neste Congresso, para se humanizar o parto, que, em nome da autonomia médica, ele pode definir, sem consultar, que pode realizar manobras que são proibidas pela Organização Mundial de Saúde
Ainda de acordo com o projeto, durante o mês de maio, serão realizadas ações para promover o parto e o nascimento humanizados. Se o texto original for aprovado pelos senadores sem modificações, seguirá para sanção presidencial. Recebendo alterações, retornará para análise dos deputados. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro.