Comissão de Educação ouve diretores do FNDE sobre pregão superfaturado e carros de luxo — Rádio Senado
Comissões

Comissão de Educação ouve diretores do FNDE sobre pregão superfaturado e carros de luxo

A Comissão de Educação vai ouvir nesta quarta-feira (11) o diretor de Ações Educacionais do FNDE, Garigham Amarante Pinto; e o diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais, Gabriel Vilar. Garigham foi responsável pelo pregão eletrônico de ônibus escolares com suspeita de superfaturamento de R$ 700 milhões, embargado pelo TCU. Os diretores também devem explicar a compra de veículos de luxo logo após assumirem o cargo. O autor é o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP).

10/05/2022, 16h01 - ATUALIZADO EM 10/05/2022, 19h25
Duração de áudio: 02:34
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO VAI OUVIR NESTA QUARTA-FEIRA DIRETORES DO FNDE QUE ATUARAM NO PREGÃO DE ÔNIBUS EMBARGADO POR SUSPEITA DE SUPERFATURAMENTO. GARIGHAM AMARANTE E GABRIEL VILAR TAMBÉM DEVEM EXPLICAR A COMPRA DE CARROS DE LUXO APÓS ASSUMIREM O CARGO. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Comissão de Educação deve ouvir nesta quarta-feira dois diretores do FNDE, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação. Gabriel Vilar é o diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais do FNDE e e na condição de diretor de Ações Educacionais, Garigham Amarante, foi responsável pelo pregão da compra de ônibus escolares com suspeita de superfaturamento. A licitação está embargada pelo Tribunal de Contas da União que investiga sobrepreço de até R$ 700 milhões. Para o presidente do colegiado, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, é inadmissível existir uma diferença tão alta no preço dos ônibus.  Nós temos noção exata do preço das coisas. Aí o camarada, normal como nós, vai para o FNDE e, quando chega lá, perde a racionalidade? Ele não sabe o preço do ônibus? Qualquer pessoa sabe. Se não sabe, telefone para duas ou três revendedoras e, em cinco minutos, você sabe o preço de um ônibus no país. E eles, com a maior cara dura, com a maior cara de pau, sem o menor respeito aos recursos públicos, fazem uma licitação dessa, vergonhosa, com superfaturamento, e o mais grave: com pareceres contrários do próprio corpo técnico do FNDE; com parecer contrário da CGU. O autor do requerimento, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, também quer explicações sobre a compra de dois automóveis esportivos de luxo pelos diretores, logo após assumirem o cargo. Com um salário de R$ 10 mil, eles teriam comprado veículos avaliados em R$ 330 mil e R$ 250 mil cada. Porém, o senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, argumenta que as informações sobre a compra dos automóveis já foram prestadas à Controladoria Geral da União. E defendeu que o convite dos servidores ao Senado é desnecessário. É para que eles justifiquem por que e como eles compraram carros, um negócio particular pessoal. Por mais que isso seja constrangedor, já foram protocoladas, com documentação própria, as justificativas de origem dos recursos particulares de que esses servidores se utilizaram para comprar um carro próprio: como todo brasileiro, só se consegue comprar hoje de forma parcelada e com outros recursos de venda de veículo, de previdência privada. Os diretores alegam que os carros foram financiados e que oa entrada foi paga com o valor obtido com a venda de carros antigos. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

Ao vivo
00:0000:00