Escolas devem combater evasão escolar e saúde mental de alunos e professores

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ALÉM DA RECOMPOSIÇÃO DA APRENDIZAGEM, ESCOLAS DEVEM TRABALHAR SAÚDE MENTAL E COMBATER EVASÃO ESCOLAR. FOI O QUE DEFENDERAM ESPECIALISTAS OUVIDOS NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA SUBCOMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA EDUCAÇÃO NA PANDEMIA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia discutiu nesta segunda-feira formas de garantir o acesso à educação e priorizar programas de busca ativa para trazer os alunos de volta à escola. Segundo a representante da Fundação Lemann, Bárbara Panseri, é preciso focar no tripé: recomposição de aprendizagens, busca ativa do aluno e promoção da saúde mental. Uma pesquisa feita em dezembro de 2021, concluiu que dois em cada dez estudantes corriam o risco de abandonar a escola. Entre os motivos estão: a perda de interesse pelos estudos; o fato de não ter conseguido acompanhar as atividades e não se sentir acolhido. Para o presidente da subcomissão, senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, é preciso encontrar novas formar de estimular os alunos a permanecerem na escola. Tem que haver um trabalho muito bom de permanência na escola, de acolhida, de incentivo para recomposição da aprendizagem, ajuda na conectividade se possível, com uma escola que seja bonita, acolhedora, competente, com esgotamento sanitário, banheiro, biblioteca, quadra de esporte, que orienta e faz ter um fator assim muito relevante para tudo isso. Já a representante do Unicef, Mônica Pinto, defendeu que é fundamental garantir para todos os brasileiros a educação básica de qualidade na idade certa. Para Mônica, é preciso que a comunidade escolar faça um diagnóstico das habilidades e competências estruturantes que não foram desenvolvidas durante a pandemia, ainda que elas não sejam ensinadas neste primeiro momento.  Muitas crianças, muitos adolescentes desaprenderam a estudar. O hábito do estudo, as metodologias, isso tudo precisa ser resgatado pela escola. Nós precisamos acolher essas crianças, entender o que elas passaram, entender o que elas estão passando e, a partir daí, estabelecer um planejamento pedagógico.  A representante do Unicef apresentou, ainda, uma plataforma chamada “Busca Ativa Escolar”, que auxilia municípios e estados a identificar os motivos da evasão escolar.  Mais de 3.200 cidades já aderiram à plataforma, que funciona em um regime de colaboração entre assistência social, saúde e educação. Da Rádio Senado, Marcella Cunha