Vetada na íntegra Lei Orlando Brito
O presidente da República Jair Bolsonaro vetou integralmente (VET 21/2022) o projeto (PLC 141/2015) que isentaria de tributos de importação equipamentos e materiais fotográficos e cinematográficos profissionais. A isenção teria duração de 5 anos, a contar da publicação da nova Lei, que seria nomeada como Orlando Brito em deferência ao premiado fotojornalista que registrou o cenário político de Brasília e morreu aos 72 anos, no dia 11 de março deste ano. O Congresso ainda pode derrubar o veto.
Transcrição
PRESIDENTE DA REPÚBLICA VETA INTEGRALMENTE LEI ORLANDO BRITO.
PROPOSTA APROVADA PELO SENADO EM MARÇO DESTE ANO ISENTARIA DE IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO EQUIPAMENTOS E MATERIAS PARA USO PROFISSIONAL DE FOTÓGRAFOS E CINEGRAFISTAS. A REPORTAGEM É DE REGINA PINHEIRO
O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou integralmente o projeto que isentaria do Imposto de Importação, IPI, PIS/PASEP importação e Cofins-importação equipamentos e materiais para uso exclusivo de fotógrafos, repórteres fotográficos e cinematográficos, cinegrafistas e operadores de câmera. Em sua justificativa, Bolsonaro argumentou que, após ouvir os Ministérios das Relações Exteriores e da Economia, vetou a proposição por contrariedade ao interesse público, pois concede benefício fiscal de caráter não geral, sem apresentar a estimativa de seu impacto e as medidas compensatórias necessárias. De acordo com o presidente, o benefício acarretaria renúncia de receita, descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Bolsonaro também alegou que projeto violaria regras do Mercosul. A proposta teve origem na Câmara, foi aprovada pelo Senado em março e seria denominada Lei Orlando Brito em homenagem ao fotojornalista que registrou o cotidiano político de Brasília e morreu este ano. Durante a aprovação, o relator, Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina, avaliou que havia restrições no governo:
Eu considero esse projeto altamente meritório. Sei que, no Governo, há restrições, mas o impacto está dimensionado, e eu insisto que votar a favor é ir ao encontro de uma arte, cada vez mais arte e cada vez menos usual, que é a arte de produzir imagens com qualidade.
A isenção alcançaria produtos que não possuem similar nacional, no limite de R$ 50 mil. O benefício valeria por cinco anos, a partir da publicação da nova Lei. Agora, o Congresso vai avaliar se mantém ou derruba o veto. Para rejeitar um veto, são necessários 257 votos contrários ao veto na Câmara e 41 votos no Senado. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro.