Senado celebra datas de maio relativas ao trabalho

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SESSÃO ESPECIAL NESTA SEGUNDA-FEIRA CELEBROU OS DIAS DO TRABALHADOR, DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA E DO TRABALHADOR RURAL. CONVIDADOS DESTACARAM OS DESAFIOS QUE OS EMPREGADOS ENFRENTAM. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. A sessão comemorou as datas de maio relacionadas ao trabalho - Primeiro de maio, Dia do Trabalhador; 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura; e 25 de maio, Dia do Trabalhador Rural. Ao afirmar que a reforma trabalhista não gerou os empregos prometidos e que a abolição da escravatura está incompleta, o senador Paulo Paim, do PT gaúcho, emocionado, citou o caso da empregada doméstica Madalena Santiago Silva, que trabalhou em situação análoga à de escrava por 54 anos. Como vemos, os desafios são enormes em nosso país. É preciso que a gente una todas as forças progressistas, populares, humanitárias, para mudar este país para combater o racismo estrutural e o trabalho escravo, que está aí. Não haverá desenvolvimento econômico no Brasil sem a adoção de políticas efetivas de geração de emprego e de renda. Somente no ano passado, foram resgatados 1.937 trabalhadores da escravidão contemporânea, segundo dados do Ministério do Trabalho. O subsecretário de Inspeção do Trabalho, Rômulo Silva, também destacou que o índice de mão de obra infantil em 2021 foi o maior dos últimos cinco anos. E defendeu ação conjunta para o combate a essas práticas. Precisa ser pauta de todas as lideranças e nós precisamos atuar em todas as fases do processo. A Inspeção do Trabalho jamais vai abrir mão do seu poder de polícia e nós seguiremos fiscalizando, seguiremos atuando. Na avaliação da supervisora do Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Mariel Lopes, a situação do trabalhador se agravou, uma vez que o preço dos alimentos aumentou 47%, em média, com o café e óleo de soja passando de 100%, sem que os salários tivessem recomposição proporcional. Como exemplo, ela disse que uma cesta básica em São Paulo custa mais de R$ 700. Para a senadora Zenaide Maia, do Pros potiguar, a pobreza dos brasileiros se deve a ações políticas. As pessoas não são pobres. As pessoas são empobrecidas por decisões políticas. E além de tudo, com muita crueldade dão a entender que estão defendendo as famílias brasileiras. Quem defende a família, defende um teto, gente, para essa família se abrigar; defende uma educação pública de qualidade para todos para essas pessoas terem uma chance de inclusão social; defende uma saúde pública onde elas não vejam seus filhos, seus pais, seus avós morrerem de morte evitável. Os dados informados pelos parlamentares, juristas e sindicalistas presentes à sessão especial serão encaminhados aos candidatos à Presidência da República para elaboração de suas propostas de governo. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.