Especialistas destacam na CAS papel do vegetarianismo na redução de doenças e no cuidado do meio ambiente — Rádio Senado
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Especialistas destacam na CAS papel do vegetarianismo na redução de doenças e no cuidado do meio ambiente

Em audiência na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), especialistas apresentaram pesquisas que indicam que a alimentação à base de vegetais reduz os riscos de hipertensão, diabetes, depressão e doenças mentais, além de colaborar com o controle do peso e a qualidade de vida. Autor do pedido de audiência, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) disse que o objetivo é ouvir e aprender cada vez mais sobre esse tipo de regime alimentar.

28/04/2022, 19h41 - ATUALIZADO EM 28/04/2022, 19h42
Duração de áudio: 02:15
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DEBATEU A PRÁTICA DO VEGETARIANISMO NO BRASIL EM AUDIÊNCIA PÚBLICA. ESPECIALISTAS DEFENDERAM OS BENEFÍCIOS DA ADOÇÃO DA PRÁTICA PARA O MEIO AMBIENTE E PARA A SAÚDE FÍSICA E MENTAL. REPORTAGEM DE BIANCA MINGOTE. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado debateu em audiência pública a prática do vegetarianismo no Brasil. Vegetarianas são aquelas pessoas que não comem carne. Em 2018, uma pesquisa feita pelo Ibope apontou que cerca de 14% dos brasileiros se consideravam vegetarianos.  O senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, adepto do regime alimentar há 25 anos, disse que optar pela alimentação à base de vegetais foi benéfico para a saúde. Sou um curioso sobre o assunto. É algo que eu procuro ver com muito equilíbrio, com muita serenidade, porque eu dou o testemunho que me fez bem. Eu fiquei até surpreso com o número de brasileiros que hoje são vegetarianos. É algo que vem crescendo e que a gente precisa num país gigante como no nosso, onde o fator propulsor da nossa economia é o agronegócio, a quem eu respeito demais, os produtores brasileiros, toda essa cadeia produtiva, a gente precisa ter essa visão de diálogo com relação a um tema tão importante. Ricardo Laurino, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira destacou os impactos ambientais do consumo de carne animal. Ele citou a estimativa de que,  anualmente, mais de 70 bilhões de animais terrestres são mortos para o consumo humano.  Os impactos ambientais quando a gente pensa em produtos de origem animal vão desde o consumo de água, do uso excessivo de terras e a ineficiência na produção de comida. Ao colocar um alimento de origem animal no prato, muitas pessoas não entendem que, a cada 10 calorias que aquele alimento traz, em torno de 100 calorias foram utilizadas para produzir aquele bife. Quanto mais nós incentivamos a produção de origem vegetal, maior é a nossa eficiência na produção de alimentos. Shila Minari, nutricionista clínica, afirmou que dietas vegetarianas são nutricionalmente adequadas e podem melhorar a qualidade de vida.  De uma forma geral, quanto mais planta tiver na dieta, mais anti-inflamatória ela tende a ser. A ideia não é necessariamente, simplesmente passar para uma dieta todo mundo agora precisa ser vegano ou vegetariano estrito, mas quanto mais próxima de uma dieta à base de plantas a gente tiver ou quanto maior for o incentivo a isso melhor vai ser esse controle. E isso, do ponto de vista preventivo, populacional de saúde, faz todo sentido. De acordo com os participantes a alimentação vegetariana diminui doenças e pode reduzir em até 74% as chances de um indivíduo desenvolver diabetes. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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