Senadores divergem sobre decreto que estabelece o fim da pandemia — Rádio Senado
Covid-19

Senadores divergem sobre decreto que estabelece o fim da pandemia

Para o líder da Rede Sustentabilidade, senador Randolfe Rodrigues (AP), é eleitoreiro anúncio do fim da emergência da covid, apesar de a pandemia não ter acabado. Ao rebater, o vice-líder do governo, Marcos Rogério (PL-RO), declarou que a decisão do Ministério da Saúde foi tomada após a redução das mortes e da contaminações pelo novo coronavírus.

25/04/2022, 13h31 - ATUALIZADO EM 25/04/2022, 13h31
Duração de áudio: 02:31
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Transcrição
OPOSIÇÃO QUESTIONA DECRETO DO GOVERNO QUE ACABA COM A EMERGÊNCIA DA COVID AO CITAR QUE A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE MANTÉM A PANDEMIA.   VICE-LÍDER DO GOVERNO DIZ QUE MINISTÉRIO DA SAÚDE SE BASEOU EM DADOS CIENTÍFICOS PARA ANUNCIAR A DECISÃO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Após mais de dois anos de pandemia, o governo federal anunciou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Para o líder da Rede Sustentabilidade, senador Randolfe Rodrigues, a decisão do Ministério da Saúde é questionável, já que cabe apenas à Organização Mundial da Saúde decretar o término da pandemia. Ele lembrou que a redução de mortes e contaminação vivenciada há alguns meses se deve à pressão da CPI da Pandemia pela compra e aplicação das vacinas contra a covid-19.  Acabar com a pandemia por decreto é mais um ato único e exclusivamente eleitoreiro sem pensar nos brasileiros. O vírus não será derrotado por um decreto, o vírus será derrotado pela ciência, é assim que os brasileiros foram vacinados. E o próprio aumento da vacinação no Brasil até agora só se deu devido a uma Comissão Parlamentar de Inquérito, devido à tradição de vacina que os brasileiros tiveram e devido à ciência. Já o vice-líder do governo, senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, reafirmou que a decisão do Ministério da Saúde de acabar com o estado de emergência da covid foi tomada com base em dados científicos, entre eles, a redução do número de mortes e contaminações. A decisão do Ministério da Saúde está baseada em critérios técnicos e não em projeções da disputa eleitoral e não pode ser assim. O mundo todo caminha nessa direção. O problema é que no Brasil a questão da pandemia virou objeto de debates ideológicos, da disputa eleitoral. A oposição me parece que não saiu do clima da CPI até agora. Cabe ao Ministério da Saúde dentro dos dados que possui e dos critérios técnicos que devem ser seguidos tomar decisões. Os secretários estaduais e municipais de Saúde pediram um prazo de 90 e não de 30 dias para o fim do estado de emergência da covid. Eles citam que mais de 2 mil normas estão vinculadas à condição de pandemia, a exemplo da compras de medicamentos e contratações de profissionais da saúde. Entre as leis e decretos estão as da teleconsulta e do teletrabalho, assim como autorizações da Anvisa para o uso de medicamentos e vacinas. A Coronavac do Instituto Butantan ainda não tem o registro definitivo. Da Rádio Senado, Hérica Christian.   

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