Senado aprova a criação da Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar — Rádio Senado

Senado aprova a criação da Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar

O Senado aprovou a criação da “Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar”. O autor da iniciativa, Eduardo Girão (Podemos-CE), argumenta que a “jogatina” facilita a prática de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, e evasão de receitas. Já o relator, senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), citou os casos de ludopatia, que é o vício em jogo. Mas o senador Angelo Coronel (PSD-BA) votou contrariamente à criação da Frente ao alegar que a legalização dos jogos de azar trará ganhos econômicos para o País.

19/04/2022, 20h16 - ATUALIZADO EM 19/04/2022, 20h16
Duração de áudio: 03:00
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Transcrição
PLENÁRIO APROVA A CRIAÇÃO DA FRENTE PARAMENTAR POR UM BRASIL SEM JOGOS DE AZAR. JÁ ESTÁ NO SENADO PROJETO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS QUE LEGALIZA CASSINOS, BINGOS E JOGO DO BICHO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O Plenário do Senado aprovou a criação da “Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar”. De autoria de Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, o colegiado formado por senadores e deputados vai promover debates e adotar iniciativas, como projetos de lei, que desestimulem os jogos de azar e combatam suas consequências para a sociedade. Eduardo Girão argumenta que a legalização do que chamou de jogatina vai facilitar a prática de crimes, como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de receitas e corrupção de agentes públicos. Ele destacou estudos em todo o mundo que mostram os malefícios da legalização dos jogos de azar. Visitei países, conversei com o meio acadêmico, conversei com instituições de fiscalização e controle dentro e fora do Brasil, e eu fiquei estarrecido com o que está por trás disso: um lobby poderosíssimo que destrói vidas e famílias inteiras. Quem não conhece alguém que já perdeu tudo com o jogo e que acabou com sua própria vida? O relator, senador Jorge Kajuru, do Podemos de Goiás, citou o aumento de casos de ludopatia, que é o vício em jogo, que acomete principalmente mulheres e idosos. Segundo pesquisas, os jogadores compulsivos têm maior propensão ao suicídio e ao cometimento de crimes para sustentarem o vício. A prática de jogos de azar é uma atividade nociva tanto aos jogadores quanto à sociedade em geral, levando a prejuízos que vão muito além da esfera financeira, afetando também a saúde das pessoas, ampliando a criminalidade e destruindo famílias, de modo que a instituição da Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar contribuirá para combater a disseminação dessa prática em nosso país.   Mas o senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, votou contrariamente à criação da Frente Parlamentar. Ele defende a legalização dos jogos de azar citando os ganhos econômicos, como a geração de empregos e a arrecadação de impostos.  Ficar contra a legalização dos jogos no Brasil é um retrocesso. Nós temos que encarar os jogos como atividade econômica, então, não podemos mais abrir mão da legalização dos jogos que já são bancados livremente tanto os jogos eletrônicos como também as apostas em plataforma eletrônicas de apostas. Não entra R$ 1 de imposto para o Brasil e não podemos mais viver nesse mundo moderno sem ter legalização dos jogos no Brasil.  Um dos desafios da “Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar” é derrubar o projeto já aprovado pela Câmara dos Deputados que libera o funcionamento de cassinos e casas de bingos e legaliza o jogo do bicho e apostas esportivas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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