Randolfe vai insistir na busca de assinaturas para instalar CPI do MEC — Rádio Senado
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Randolfe vai insistir na busca de assinaturas para instalar CPI do MEC

Em resposta à retirada de três assinaturas do pedido da CPI do MEC, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) vai continuar em busca de apoio. Ele citou a pressão do Palácio do Planalto contra as investigações de corrupção no Ministério da Educação. Já o vice-líder do governo, Marcos Rogério (PL-RO), negou qualquer operação do Palácio do Planalto pela retirada de assinaturas da CPI. Segundo ele, senadores recuaram no apoio por entenderem que a CPI será usada como palanque eleitoral.

11/04/2022, 13h23 - ATUALIZADO EM 11/04/2022, 13h34
Duração de áudio: 02:25
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
SENADOR VAI INSISTIR NA COLETA DE ASSINATURAS PARA A INSTALAÇÃO DA CPI DO MEC PARA INVESTIGAR DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. ALIADOS ACUSAM A OPOSIÇÃO DE QUERER TRANSFORMAR O CASO EM PALANQUE ELEITORAL E ALEGAM QUE A POLÍCIA FEDERAL JÁ ESTÁ APURANDO OS FATOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, vai continuar em busca de apoio para a instalação da CPI do MEC. No final de semana, Weverton do PDT do Maranhão, Styvenson Valentim do Rio Grande do Norte e Oriovisto Guimarães do Paraná, ambos do Podemos, retiraram as assinaturas, que, até então somavam 27. Na justificativa do pedido de CPI, Randolfe Rodrigues defende a investigação da cobrança de propina por pastores ligados ao ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, em troca da liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Segundo o senador, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro teriam cometido os crimes de peculato ou apropriação de bem público, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação ou omissão e advocacia administrativa. Randolfe Rodrigues declarou que o governo teme a instalação da CPI do MEC, por isso, tem pressionado os senadores a retirarem as assinaturas. Já sentimos aqui o desespero emanado do Palácio do Planalto, sobretudo, da Casa Civil para em uma operação desesperada retirar assinaturas e em uma outra fazer cortinas de fumaça para os fatos reais. Tem que ter CPI para esclarecer esse esquema escabroso de corrupção. Já o vice-líder do governo, Marcos Rogério, do PL de Rondônia, reafirmou que não há fatos que justifiquem a instalação de uma CPI. Ele negou pressão do Palácio do Planalto sobre os senadores que assinaram o pedido de investigação. O Senado Federal não pode se prestar a esse papel de ser usado como palanque pré-eleitoral. Muitos senadores verificando justamente esse movimento estão retirando as assinaturas. Agora quanto aos fatos, eles estão sendo investigados pela Polícia Federal, pela CGU e naturalmente que quem cometeu algum tipo de abuso de confiança ou de ilegalidade de qualquer natureza responderá. Para ser instalada, uma CPI precisa de no mínimo 27 assinaturas e de fatos determinados que embasem as investigações. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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