Projeto sobre o Dia de Memória do Holodomor já está pronto para votações

Transcrição
JÁ ESTÁ PRONTO PARA VOTAÇÃO PROJETO DE LEI QUE INSTITUI O QUARTO SÁBADO DE NOVEMBRO COMO DIA DE MEMÓRIA DO HOLODOMOR. MORTE DE MILHÕES DE UCRANIANOS PELA FOME EM 1932 E 1933 JÁ É RECONHECIDA COMO GENOCÍDIO POR VÁRIOS PAÍSES. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. O projeto de lei do senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, institui o quarto sábado de novembro como Dia de Memória do Holodomor. A palavra se refere à morte causada pela forme na Ucrânia em 1932 e 1933. E a proposta reconhece o extermínio de ucranianos por meio da fome como genocídio. Para Álvaro Dias, o Brasil está devendo o reconhecimento oficial desse genocídio, um crime contra a humanidade. SONORA O meu projeto faz com que o Brasil se insira na seleção dos países que reconhecem o Holodomor como genocídio. Holodomor foi a matança pela fome de mais de sete milhões de ucranianos comandada pelo Stálin, da União Soviética. É uma manifestação de solidariedade à população da Ucrânia, mas é um alerta para o presente e para o futuro. Não podemos admitir crimes contra a humanidade. O relator da proposta, senador Oriovisto Guimarães, do Podemos do Paraná, informou que o estado concentra 80% dos 600 mil imigrantes ucranianos que vivem no Brasil. O país, também avalia o senador, precisa reconhecer o Holodomor. SONORA O Brasil deve isso ao povo ucraniano que habita conosco, que integra a nossa população. O objetivo desse projeto é prestar atenção nos horrores que a humanidade já cometeu para que eles não aconteçam mais. Assim como existem diversos museus do Holocausto, assim como se fala sobre o Holocausto – e é importante que se fale, porque foi um erro horroroso que a humanidade cometeu –, é importante também salientar outros fatos igualmente horrorosos que precisam ser conhecidos. Entre os países que já reconheceram o Holodomor estão Canadá, Argentina, Itália e Estados Unidos. Em 2003, uma declaração sobre os 70 anos do genocídio foi aprovada pela Organização das Nações Unidas, a ONU. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.