Representante da embaixada ucraniana relata ataques russos contínuos e pede ajuda humanitária — Rádio Senado

Representante da embaixada ucraniana relata ataques russos contínuos e pede ajuda humanitária

A Comissão de Relações e Defesa Nacional (CRE) ouviu o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, sobre a situação no país e a necessidade de ajuda humanitária. Senadores presentes na audiência pedem o fortalecimento da atuação da Organização das Nações Unidas (ONU) no conflito.

06/04/2022, 19h23 - ATUALIZADO EM 06/04/2022, 19h24
Duração de áudio: 02:36
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
ENCARREGADO DE NEGÓCIOS DA EMBAIXADA DA UCRÂNIA DESCREVE VIOLÊNCIA E FOME NO PAÍS. SENADORES AVALIAM QUE ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PRECISA SER MAIS EFETIVA. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO. A Comissão de Relações Exteriores recebeu nesta quarta-feira o encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach. A audiência foi solicitada pela presidente do colegiado, senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, para obter informações sobre as consequências da invasão russa à Ucrânia e a ajuda humanitária solicitada ao Brasil. O ucraniano relatou a situação em todos os aspectos de seu país, com mortos, desabrigados, além de cidades e economia devastadas. Ele afirmou que os ataques russos diários agravam o quadro da população e novamente o governo da Ucrânia solicita envio de alimentos e medicamentos pelo Brasil sobretudo após os últimos saques.   SONORA  Os soldados russos  foram autorizados a pilhar os moradores, estão roubando dos civis, comboios humanitários. O que eles não podem roubar, eles destroem. Isso é o que o governo russo chama de desmilitarização? Dos quase um mil e quatrocentos mísseis que foram lançados contra a Ucrânia quase a metade foi contra os bairros residenciais. O número das perdas civis é maior do que das perdas militares. O senador Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina, chamou atenção para a posição do Brasil de defender a atuação da Organização das Nações Unidas, ONU, em acordos diplomáticos e ainda repudiou a existência da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN. SONORA O Brasil sempre será coerente com a nossa posição histórica: nós queremos fortalecer a ONU. Um pouco dessa tragédia se deve ao descuido de não tornar precisas as duas resoluções da ONU subsequentes à questão mais recente da Crimeia. A OTAN é um túnel da guerra para fazer guerra. Tem sede na indústria armamentista dos maiores países do mundo. Quanto mais OTAN, menos ONU. É isso que nós temos vivido e estamos colecionando intervenções militares. Para o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, são questionáveis as existências do Conselho de Segurança da ONU e da OTAN. SONORA Não há sentido de ter – a Organização das Nações Unidas – um formato de Conselho de Segurança nos moldes das nações vencedoras da Segunda Guerra. Não há sentido mais a existência de uma organização de tratado bélico militar baseada em uma lógica de Guerra Fria que não existe. Nós temos uma nova geopolítica. A senadora Kátia Abreu manifestou a posição da Comissão de Relações Exteriores de defesa do cessar fogo imediato na Ucrânia e início de negociações que conduzam à paz. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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