Senado debate o papel do Brasil na mediação de conflitos e construção de uma cultura de paz

Transcrição
O SENADO DISCUTIU EM SESSÃO TEMÁTICA O PAPEL DO BRASIL NA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS. OS PARTICIPANTES TAMBÉM RESSALTARAM A NECESSIDADE DE AÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE PAZ. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Segundo a Chefe da Divisão de Nações Unidas no Ministério das Relações Exteriores, Viviane Balbino, a paz não significa apenas a ausência de guerra. E, ao relatar as ações brasileiras pela redução de conflitos nos últimos 70 anos, ela ressaltou que o Brasil está comprometido com a cultura da paz. Tudo isso faz com que o Brasil seja respeitado a um só tempo pelas grandes potências e pelos países de menor desenvolvimento relativo como interlocutor confiável e sustenta o pleito brasileiro por um assento permanente em um futuro Conselho de Segurança reformado e expandido. Ao ponderar que uma terceira guerra mundial seria a última, pois as 13 mil ogivas nucleares têm poder de destruir a Terra mais de uma vez, o senador Eduardo Girão, do Podemos cearense, que pediu o debate, disse que o Brasil tem um “papel majestoso” pela paz no planeta e pode contribuir pelo fim da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Até pela posição que o Brasil adotou, no meu ponto de vista, de forma equilibrada, abre a oportunidade para poder de alguma forma colaborar pela paz. Que papel o Brasil pode exercer neste momento tão delicado da humanidade? Creio que não temos o direito de nos acomodarmos como meros espectadores, mesmo sabendo que é um terreno delicado, minado, este terreno de conflito entre países. Na avaliação do ex-senador pelo Distrito Federal, o advogado e pacifista Ulisses Riedel, os conflitos em qualquer parte do mundo afetam toda a humanidade e podem desestabilizar o país. Ele sugeriu a criação de uma comissão temporária no Senado para aprofundar o entendimento dos conflitos existentes no mundo. O Brasil pode dar contribuições imensas. Todos nós pertencemos a uma mesma vida, a uma mesma unidade da vida, e a nossa vida não existe isolada e separada, é uma ilusão a separatividade. E essa mentalidade muda na medida em que as suas lideranças fazem essa transformação. É preciso que a gente utilize uma comissão para aprofundar tudo que é preciso entender. Também participaram do evento especialistas em mediação, magistrados e espiritualistas. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.