Ausência de Milton Ribeiro no Senado pode provocar CPI do MEC — Rádio Senado
Ex-ministro de Educação

Ausência de Milton Ribeiro no Senado pode provocar CPI do MEC

Está mantida para esta quinta-feira (31) a oitiva do ex-ministro Milton Ribeiro na Comissão de Educação. Ele pediu demissão após denúncias de cobrança de propina por pastores que facilitariam a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. O presidente da Comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI), advertiu que a ausência de Milton Ribeiro, do presidente do FNDE e dos pastores poderá provocar a criação da CPI do MEC. O ministério já informou que Milton Ribeiro não vai comparecer à audiência. Já o vice-líder do governo, senador Carlos Viana (MDB-MG), declarou que o ministro interino, Victor Godoy, se colocou à disposição para esclarecer os fatos.

30/03/2022, 21h51 - ATUALIZADO EM 30/03/2022, 21h52
Duração de áudio: 02:38
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DIZ QUE AUSÊNCIA DO EX-MINISTRO MILTON RIBEIRO NESTA QUINTA-FEIRA PODERÁ RESULTAR NA CRIAÇÃO DE UMA CPI DO MEC. OS SENADORES TAMBÉM DEVERÃO VOTAR A CONVOCAÇÃO DO NOVO TITULAR DO MINISTÉRIO PARA EXPLICAR DENÚNCIAS DE COBRANÇA DE PROPINA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O presidente da Comissão de Educação, Marcelo Castro, do MDB do Piauí, manteve para esta quinta-feira a audiência destinada à oitiva do ex-ministro Milton Ribeiro. Ele pediu demissão nessa segunda-feira após denúncias de que pastores ligados a ele cobravam propina para facilitarem a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Alguns prefeitos confirmaram as acusações contra os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. O Ministério da Educação já informou que Milton Ribeiro não comparecerá. Em resposta, o senador Marcelo Castro alertou que a ausência de Milton Ribeiro poderá caracterizar admissão de culpa e afirmou que se os demais envolvidos na denúncia não comparecerem ao Senado, uma CPI do MEC poderá ser instalada. Se ninguém vier dar explicação ou nós nos conformamos com isso ou nós temos um remédio amargo forte aqui no Parlamento que é a CPI. Eu acho que o Congresso vai se sentir de certa forma provocado. Como é que o ministro que se prontificou a vir depois não vem. Porque nós iríamos ouvir primeiro o ministro e depois marcar a data dos demais. O presidente do FNDE, os pastores e os prefeitos que denunciaram aquilo que aconteceu. Se ninguém vier o último recurso que nós temos aqui é a instalação de uma CPI. Ao declarar apoio ao ex-ministro Milton Ribeiro, o vice-líder do governo, senador Carlos Viana, do MDB de Minas Gerais, ressaltou que o Palácio do Planalto tem interesse em esclarecer os fatos. O governo em momento algum desejou a exoneração uma vez que as denúncias são graves, precisam ser investigadas, mas o ministro tem todo o direito de defesa até que tenhamos esclarecidos os fatos. A disposição do governo em esclarecer permanece firme e muito transparente tanto que o ministro indicado, o novo ministro da Educação, já se colocou à disposição do Parlamento, das comissões para colaborar e buscar naturalmente o entendimento. Por se tratar de convite, Milton Ribeiro não é obrigado a comparecer ao Senado e ainda poderá alegar que já é investigado pela Polícia Federal. A Comissão de Educação deverá votar nesta quinta-feira um pedido de convocação do ministro interino da Educação, Victor Godoy, que também já entrou em contato com o presidente da Comissão para se colocar à disposição dos senadores. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00