Ministra dos Direitos Humanos nega ser contra a vacina em audiência na CDH — Rádio Senado
Pandemia

Ministra dos Direitos Humanos nega ser contra a vacina em audiência na CDH

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, esteve nesta segunda-feira (28) em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos para esclarecer nota técnica divulgada pela pasta. Na sessão, ela foi cobrada sobre o texto emitido pelo ministério que desestimulava a obrigatoriedade da vacinação infantil e da adoção de passaporte vacinal no país. A ministra elogiou o documento e garantiu que a pasta nunca foi contrária à imunização infantil.

28/03/2022, 18h53 - ATUALIZADO EM 29/03/2022, 16h23
Duração de áudio: 02:18
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
MINISTRA NEGA SER CONTRA A VACINA EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DAMARES ALVES AFIRMOU QUE A PASTA INCENTIVOU A IMUNIZAÇÃO INFANTIL. REPÓRTER PEDRO PINCER A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, esteve nesta segunda-feira em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco. Os senadores cobraram sobre uma nota técnica do ministério que desestimulava a obrigatoriedade da vacinação infantil e a adoção do passporte vacinal no país. No comunicado, o ministério disponibilizava, inclusive, o Disque 100 para o recebimento de denúncias sobre eventuais pressões pela imunização dos menores. De acordo com a ministra, a nota foi emitida apenas após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, finalizar as consultas públicas em torno da vacinação infantil. Ela elogiou o documento e garantiu que a pasta nunca foi contrária à imunização infantil. Nossos servidores são concursados, são especialistas em direitos humanos e eles trazem uma nota muito bem fundamentada.  O Supremo mandou tão somente acrescentar um trecho na nota. A decisão do Supremo legitima a nota, mas começamos a nossa nota técnica, Presidente, falando "não somos contra a vacina", e não somos, gente. Pelo contrário, nosso ministério trabalhou muito no incentivo à vacina! Já Humberto Costa argumentou que é  espantoso saber que órgãos do governo ainda usem recursos públicos com ações contrárias à vacinação. Porque houve quem utilizasse a resolução, de um lado, para criticar a posição assumida pelo ministério, mas, de outro, milhares de pessoas aproveitaram essa resolução para reforçar argumentos negacionistas, para contestar e sabotar medidas de saúde pública Os senadores Eduardo Girão, do Podemos do Ceará e Marcos Rogério, do PL de Rondônia, apoiaram a ministra  e apresentaram argumentos contrários ao passaporte sanitário. Já Fabiano Contarato do PT do Espírito Santo, vice-presidente da CDH, afirmou que o governo federal teve responsabilidade direta pelo agravamento da pandemia e criticou o presidente da República por nunca ter incentivado a vacinação. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

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