Senado decide ouvir Mário Frias sobre gastos em viagens aos EUA

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O SECRETÁRIO DA CULTURA, MÁRIO FRIAS, SERÁ CONVIDADO A EXPLICAR, À COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA, SE HOUVE EXCESSO DE GASTOS EM VIAGEM OFICIAL AO EXTERIOR. O SENADOR JEAN PAUL PRATES QUER QUE ELE ESCLAREÇA COMO FORAM USADOS QUASE CENTO E QUARENTA MIL REAIS EM DINHEIRO PÚBLICO EM VIAGENS AOS ESTADOS UNIDOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA A Comissão de Educação e Cultura aprovou um requerimento de convite para o secretário especial de Cultura, Mário Frias. O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, pede explicações sobre uma viagem de Frias a Nova York em dezembro do ano passado, paga com dinheiro público. Segundo Prates, Frias viajou com o secretário adjunto, Hélio Ferraz, de classe Executiva, o que somado a cinco diárias em Nova York totalizou 78 mil reais. Segundo o Portal da Transparência, o motivo da viagem seria discutir uma produção audiovisual com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie. No site oficial, a viagem foi considerada urgente, por ter sido marcada com menos de 15 dias de antecedência. Na avaliação de Prates, os gastos são exorbitantes e é preciso prestar contas sobre a motivação da viagem.  Que deu motivo a esta viagem longa e cara foi encontrar-se com um certo Renzo Gracie, que curiosamente é conhecido por ter recentemente pronunciado, publicamente, lemas nazistas. Portanto, há muitas conexões nebulosas nessa viagem. A Comissão também quer esclarecimentos de Frias sobre a ida de seu subordinado, o subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula, a Los Angeles, em janeiro deste ano. Ele é considerado braço direito de Frias e é responsável pelo novo desenho da Lei Rouanet. Segundo o Portal da Transparência, a viagem custou 60 mil reais aos cofres públicos, já que Porciúncula teria embarcado com outros dois funcionários do Governo. Para Jean Paul, a audiência será uma oportinidade para que Frias esclareça as atividades do Ministério.  Pode parecer a alguns até que é pegar no pé do Governo, que é uma atitude meramente de oposição, uma atitude política, mas não é. Este é um ministério, protoministério, que incomoda pela ausência de prestação de contas geral à sociedade. E esse é um fio da meada que pode trazer ao Secretário a oportunidade de fazer a sua prestação de contas, não só destas despesas de viagem, como das suas ações à frente do ministério. Em suas redes sociais, Frias esclareceu que não viajou de classe executiva e que chegou a dividir o quarto com seu assessor para diminuir os custos. Ele afirmou ter todos os documentos que comprovam o que chamou de "inverídicas manchetes". A audiência ainda não tem data marcada. Por se tratar de um convite e não uma convocação, Mário Frias não é obrigado a comparecer. Da Rádio Senado, Marcella Cunha