CRE vai discutir a guerra da Rússia contra a Ucrânia com o Itamaraty e embaixadores dos dois países — Rádio Senado
Relações Exteriores

CRE vai discutir a guerra da Rússia contra a Ucrânia com o Itamaraty e embaixadores dos dois países

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) vai convidar o embaixador da Rússia, Alexey Labetskiy, e o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, para falarem sobre a crise entre a Rússia e a Ucrânia e as consequências desta guerra. Também será convidado o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, para informar sobre as ações do governo brasileiro em relação ao conflito. A iniciativa é da presidente da CRE, senadora Kátia Abreu (PP-TO). De Genebra (Suíça), a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) apelou aos embaixadores por um corredor seguro para levar ajuda humanitária aos ucranianos.

24/03/2022, 14h40 - ATUALIZADO EM 24/03/2022, 14h41
Duração de áudio: 02:51
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Transcrição
A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES VAI CONVIDAR O CHANCELER PARA EXPLICAR AS AÇÕES DO BRASIL EM RELAÇÃO À GUERRA DA RÚSSIA CONTRA A UCRÂNIA. O COLEGIADO TAMBÉM QUER OUVIR OS EMBAIXADORES DESSES PAÍSES PARA DEBATER O ASSUNTO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Por iniciativa da presidente da Comissão de Relações Exteriores, senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, os embaixadores serão convidados para explicar a situação da guerra da Rússia contra a Ucrânia e a forma como o Congresso Nacional e o Brasil poderão contribuir para minimizar os efeitos do conflito e prestar ajuda humanitária. O embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, deverá prestar informações sobre a crise entre a Rússia e a Ucrânia. Já o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, falará sobre a invasão e as consequências do conflito, bem como sobre a ajuda humanitária solicitada pelo governo ucraniano ao Brasil. Já o ministro Carlos França, do Itamaraty, deverá informar as ações do governo brasileiro em relação ao conflito, em especial quanto à ajuda humanitária. A senadora Kátia Abreu disse que é preciso ouvir essas autoridades para entender o conflito. É muito democrático e civilizado que nós possam ouvir também esses países. Nós queremos conversar, nós queremos dialogar, nós queremos ouvir as suas exposições e os seus argumentos e onde, também, nós poderemos ser úteis, o Congresso Brasileiro, a Comissão de Relações Exteriores. Não só no que diz respeito à ajuda humanitária, mas para ajudar em qualquer interlocução. Eu acho que é interesse de todos os países nós nos manifestarmos e tentar acabar com essa guerra insana. Ao apoiar os debates, o senador Esperidião Amin, do PP catarinense, destacou que o Brasil tem tradição em negociações internacionais. O Brasil, pela tradição de buscar negociação, tem autoridade moral e política no mundo para se colocar à disposição, no mínimo, para ouvir o nosso próprio chanceler e as partes porque nós temos relação de profunda amizade tanto com a Ucrânia como com a Rússia. Falando de Genebra, na Suíça, a senadora Mara Gabrilli, do PSDB de São Paulo, explicou que entidades como a Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras, não conseguem levar ajuda humanitária à população ucraniana. E apelou aos embaixadores dos dois países. O maior entrave que a gente está passando hoje é a gente conseguir entradas na Ucrânia. Principalmente, para ajudar as pessoas idosas, as crianças, mulheres e pessoas com deficiência, que têm passado situações bastante dilacerantes para o coração de qualquer um e estamos com essa dificuldade de termos um corredor humanitário que seja seguro para entrada dos suprimentos brasileiros. As datas dos debates ainda serão definidas pela Comissão de Relações Exteriores. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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