CE aprova Semana Nacional de Autodefensoria das Pessoas com Deficiência

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A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU A CRIAÇÃO DA SEMANA NACIONAL DE VALORIZAÇÃO E PROMOÇÃO DA AUTODEFENSORIA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA O EVENTO DEVERÁ SER PROMOVIDO ANUALMENTE NA SEMANA DO DIA 6 DE JULHO. A REPORTAGEM É DE REGINA PINHEIRO: A semana do dia 6 de julho foi escolhida para a promoção anual da "Semana Nacional de Valorização e Promoção da Autodefensoria das Pessoas com Deficiência”, pois neste dia, em 2015, foi publicada a Lei Brasileira de Inclusão. O movimento das pessoas com deficiência intelectual recebeu, ao ser organizado, o nome de self advocacy, traduzido como “advocacia de si próprio”, ou autoadvocacia, remetendo àquele que advoga seus próprios direitos, toma suas próprias decisões e defende suas ideias, como esclarece o relator da proposta, Flávio Arns, do Podemos do Paraná: No trabalho de autoadvocacia, as pessoas com deficiência intelectual conseguem ganhar aquilo de que mais necessitam: o respeito como seres humanos. Longe do assistencialismo, do paternalismo, da infantilização, essas pessoas querem ser vistas como adultos que podem – e devem – defender seus diretos e ter seus deveres no dia a dia como qualquer outra pessoa. O projeto tem origem na Câmara e foi aprovado com modificações feitas por Flávio Arns. Entre as finalidades da Semana Nacional de Valorização e Promoção da Autodefensoria das Pessoas com Deficiência estão incentivar as pessoas com deficiência a atuarem como autodefensores; a conscientização da sociedade sobre o objetivo do trabalho desenvolvido pela autodefensoria e a promoção de encontros entre as autodefensorias das associações das pessoas com deficiência para realização de debates. Para Arns, assumir o protagonismo na luta por respeito e inclusão é a melhor forma da pessoa com deficiência reagir ao capacitismo, que ocorre quando a sua capacidade é subestimada:  A pessoa com deficiência intelectual, caso não seja ouvida ou sequer levada a sério, pode ficar delegada a uma situação de dependência que, longe de ser positiva, permite a infantilização e transforma homens e mulheres em eternas crianças, cuja educação pode ficar restrita a atividades sem utilidade, numa ação inócua e improdutiva. Assumir o protagonismo da luta por respeito e inclusão é a melhor forma de reagir ao capacitismo O movimento de autoadvocacia de pessoas com deficiência intelectual teve início na Suécia, na década de 1960. O projeto seguiu para a análise do Plenário do Senado. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro