CAE debate venda de refinaria da Petrobras no Amazonas — Rádio Senado
Audiência pública

CAE debate venda de refinaria da Petrobras no Amazonas

A Comissão de Assuntos Econômicos discutiu nesta quarta-feira (23) a venda da refinaria Isaac Sabbá, no estado do Amazonas. Petroleiros, senadores e pesquisadores do Dieese e Ineep posicionaram-se contra a operação. Omar Aziz (PSD-AM) reclamou que venda não se reflete em combustível mais barato para a população. Plínio Valério (PSDB-AM) explicou que a compradora da refinaria foi convidada para o debate, mas optou por não comparecer já que a operação ainda aguarda o aval da Justiça.

23/03/2022, 13h12 - ATUALIZADO EM 23/03/2022, 14h23
Duração de áudio: 02:08
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DISCUTIU HOJE A VENDA DA REFINARIA ISAAC SABBÁ, NO ESTADO DO AMAZONAS. PETROLEIROS, SENADORES E PESQUISADORES DO DIEESE E INEEP SE POSICIONARAM CONTRA A OPERAÇÃO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. A pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Carla Ferreira, destacou a importância da refinaria Isaac Sabbá para toda a região Norte. A refinaria é um complexo de renda e emprego relevante pra região Norte, pro Amazonas. Tem um peso fiscal muito forte para o estado, inclusive para os municípios do entorno onde ela está instalada. Tem influência na cadeia de fornecedores e relacionamento com a sociedade local que pode ser perdida em função da conclusão desta venda. O senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, reclamou que, no final, a conta vai para a população. O trabalhador brasileiro recebe em real, a extração e quando se refina é tudo em real mas depois dolariza para jogar para a população. Cloviomar Cararine, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, disse que a venda pouco afeta a dívida da Petrobras, em dólar. E a empresa perde sua principal fonte de faturamento. Em 2021, 88%, quase 90% do faturamento da Petrobras veio do refino. Ou seja, é um setor que por conta de ter um mercado imenso como o brasileiro. É um setor que gera faturamento. E abrir mão dele é um absurdo. O senador Plinio Valério, do PSDB do Amazonas, que pediu a audiência pública, explicou que a compradora da refinaria foi convidada, mas optou por não vir. Se o outro lado não veio é porque teve motivos para não vir. Culpado não é quem compra, é quem vende, por isso temos que tecer nossas críticas e direcionar à Petrobras. Marcus Ribeiro, do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas, e Deyvid Bacelar, da Federação Única dos Petroleiros, reforçaram que onde a Petrobras vendeu ativos, o desemprego local aumentou. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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